Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Desigualdade de classes desperta debates nacionais

Pronera mantém curso de Medicina para assentados após decisão do TRF da Quinta Região, mas juiz Ubiratã Maurício suspende o concurso novamente

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Inclusão. Um dos objetivos é garantir a formação de médicos em regiões carentes do interior, explica o reitor Alfredo Gomes – Imagem: Arquivo/Ministério da Saúde
0:00 0:00
  • O Pronera, criado em 1998, oferece pela primeira vez um curso de Medicina voltado a assentados e quilombolas, gerando resistência local.
  • Mais de mil candidatos se inscreveram; o processo envolve avaliação documental, redação e histórico escolar, com cronograma de conclusão do recrutamento até o final de outubro e início das aulas em novembro, conforme decisão do Tribunal Regional Federal da quinta região.
  • No dia trinta de setembro, a 9ª Vara da Justiça Federal havia suspendido o concurso por meio de liminar, que foi derrubada pelo TRF da quinta região em sete de outubro.
  • Em oito de outubro, o juiz Ubiratan Maurício acolheu novo pedido de suspensão, com base em argumentos do vereador Thiago Medina, suspendendo o certame pela segunda vez.
  • A coordenadora nacional Clarice Santos afirma que a resistência a cursos de Medicina reflete disputa por acesso a áreas elitizadas; o reitor Alfredo Gomes defende a importância do curso e destaca que o Pronera é financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.

O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) enfrenta uma batalha judicial em relação à oferta de um curso de Medicina destinado a assentados e quilombolas. Criado em 1998, o Pronera já formou cerca de 200 mil alunos, mas esta é a primeira vez que um curso de Medicina é oferecido, o que gerou resistência por parte da elite local.

No último dia 30 de setembro, uma liminar da 9ª Vara da Justiça Federal suspendeu o concurso, mas a decisão foi revertida em 7 de outubro pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região. No entanto, em 8 de outubro, o juiz Ubiratan Maurício acatou um novo pedido de suspensão, baseado em argumentos do vereador Thiago Medina, alegando que o certame infringia princípios constitucionais.

Ações Judiciais e Impasses

A coordenadora nacional do Pronera, Clarice Santos, destacou que a resistência à inclusão de cursos de Medicina é comum, refletindo uma luta por acesso a áreas tradicionalmente elitizadas. “Estamos entrando numa seara profundamente concentrada em privilégios”, afirmou Santos. O programa já enfrentou contestações em outras áreas, como Agronomia e Direito, mas possui respaldo legal robusto.

Mais de mil candidatos se inscreveram para o processo seletivo, que inclui análise documental, prova de redação e avaliação do histórico escolar. O cronograma prevê a conclusão do recrutamento até o final de outubro, com aulas iniciando em novembro, conforme autorizado pelo TRF da 5ª Região.

Críticas e Defesas

O vereador Tadeu Calheiros, que propôs a ação judicial, afirmou que a iniciativa tem um viés ideológico e visa atender a base do governo Lula. Ele argumenta que o concurso ofende a isonomia e a razoabilidade administrativa. Por outro lado, a proposta visa garantir a formação de médicos em regiões carentes, promovendo a inclusão social.

O reitor Alfredo Gomes defendeu a importância do curso, enfatizando que a universidade deve ser um espaço inclusivo e democrático. “O conhecimento é para todos”, concluiu, ressaltando que o Pronera é financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, não pelo da Educação, e que a qualidade da formação será mantida.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais