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Geração que sofre em silêncio busca respostas e apoio

Distância entre gerações e falta de acolhimento elevam o risco de suicídio entre jovens; diálogo, escuta e espiritualidade são prevenção

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Jovens enfrentam desafios emocionais em silêncio. O acolhimento familiar e a escuta atenta podem ser a ponte entre a dor e a esperança - Foto: Freepik
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  • Nos últimos anos, o suicídio entre adolescentes e jovens, especialmente da geração Z, ganhou atenção e é visto como uma das principais causas de morte entre jovens no Brasil entre 2014 e 2024, impulsionado pela pressão social, pelo isolamento emocional e pela falta de acolhimento familiar.
  • A distância geracional e a falta de diálogo são apontadas como fatores que agravam a crise; muitos pais interpretam o afastamento dos filhos como normal, mas pode esconder um pedido de ajuda.
  • Frases como “você tem tudo, por que está triste?” são consideradas violência psicológica; o acolhimento e a escuta são essenciais para a saúde emocional dos jovens, abrindo caminho para tratamento, seja psicológico ou espiritual.
  • A espiritualidade e a presença familiar são componentes-chave na prevenção do suicídio, conforme ressaltado pelo especialista, fortalecendo vínculos que ajudam a reduzir a dor.
  • A desconexão entre gerações, a cultura de bolha e a falta de espaço para diálogo dentro de casa podem levar o jovem a se isolar; pais e educadores precisam estar presentes para criar ambiente de acolhimento e amor, fortalecendo vínculos saudáveis.

Nos últimos anos, o aumento do suicídio entre adolescentes e jovens, especialmente da geração Z, tem gerado preocupações. O fenômeno é atribuído à pressão social, ao isolamento emocional e à falta de acolhimento familiar. Um estudo recente destaca que, entre 2014 e 2024, o suicídio se tornou uma das principais causas de morte entre jovens no Brasil, evidenciando a urgência de ações preventivas.

O psicólogo Francisco Regio, do Ministério Mudança de Vida, em São José do Rio Preto/SP, aponta que a distância geracional e a falta de diálogo são fatores que agravam a crise. Ele salienta que muitos pais interpretam o afastamento dos filhos como algo normal, mas isso pode esconder um pedido de ajuda. “O que se acredita ser apenas consequência da idade, muitas vezes é um sinal de sofrimento”, alerta.

Frases como “você tem tudo, por que está triste?” podem ser percebidas como violência psicológica. Regio enfatiza que o acolhimento e a escuta são essenciais para a saúde emocional dos jovens. Quando se sentem ouvidos, a dor perde força, permitindo que o tratamento, seja psicológico ou espiritual, comece. A espiritualidade e a presença familiar são componentes cruciais na prevenção do suicídio.

O papel da família

A desconexão entre gerações é uma barreira significativa. Regio observa que a cultura atual promove uma separação, onde cada geração vive em sua bolha. Essa falta de conexão alimenta a vergonha e o medo de compartilhar sentimentos, especialmente em questões delicadas como sexualidade. “Quando não há espaço para o diálogo dentro de casa, o jovem se isola ainda mais”, lamenta.

O especialista ressalta que o suicídio muitas vezes surge como uma última alternativa para quem acredita que não há mais opções. “Eliminar a dor é visto como o único caminho”, explica. Por isso, é vital que pais e educadores estejam atentos e presentes, oferecendo um ambiente de acolhimento e amor. O fortalecimento de vínculos saudáveis pode ser a chave para a prevenção e para a construção de um futuro mais esperançoso para os jovens.

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