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Reação negativa após governo da Nova Zelândia retirar regras sobre cultura Māori em salas de aula

A ministra da Educação, Erica Stanford, anuncia a retirada da obrigatoriedade de incorporar a cultura maori nas escolas, gerando críticas de docentes

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
School boards have been obligated since 2020 to ‘give effect’ to the Treaty of Waitangi, New Zealand’s founding document signed in 1840 between Māori tribes and the British Crown.
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  • O governo da Nova Zelândia removeu a obrigação legal de as escolas incorporarem a cultura maori em políticas e currículos, conforme anúncio da ministra da Educação, Erica Stanford.
  • A mudança busca aliviar a carga das boards escolares, compostas por representantes eleitos, incluindo professores e pais; críticos afirmam que a medida pode marginalizar estudantes maori e afetar a coesão social.
  • Desde 2020 as escolas eram obrigadas a dar efeito ao Tratado de Waitangi, assinado em 1840; a nova política foca em resultados acadêmicos e na redução de exigências legais.
  • Meredith Kennett, presidente da associação de boards escolares, diz que a cláusula do tratado tinha papel unificador; Leanne Otene, presidente da federação de diretores, afirma que a obrigação ajudou a valorizar a língua e a cultura maori.
  • No debate político, opositores classificam a mudança como retrocesso; o governo sustenta que continuará buscando resultados justos para alunos maori e permitirá ensino da língua maori quando houver demanda, mas a presença da cultura indígena pode ficar menos evidente.

A recente decisão do governo da Nova Zelândia de remover a obrigação das escolas de incorporar a cultura maori em suas políticas e currículos gerou polêmica. O anúncio foi feito pela ministra da Educação, Erica Stanford, que argumentou que a exigência não contribuía para o desempenho acadêmico dos estudantes maori e era injusta para as boards escolares.

Desde 2020, as escolas eram obrigadas a “dar efeito” ao Tratado de Waitangi, documento fundamental assinado em 1840, que garante direitos aos maori. A nova medida, segundo Stanford, visa aliviar a carga sobre as boards escolares, compostas por representantes eleitos, incluindo professores e pais. Contudo, críticos da mudança alertam que isso pode marginalizar a educação indígena e prejudicar a coesão social.

Reações e Implicações

Professores e diretores expressaram preocupação com a decisão. Meredith Kennett, presidente da associação de boards escolares, afirmou que a cláusula do tratado tinha um papel unificador nas escolas, refletindo as necessidades de todos os estudantes. A presidente da federação de diretores, Leanne Otene, destacou que a obrigação ajudou a criar ambientes escolares que valorizam a língua e cultura maori, promovendo um aprendizado mais inclusivo.

A ministra Stanford, por outro lado, defendeu que a nova abordagem ainda permitirá que as escolas busquem resultados equitativos para os alunos maori e que adotem o ensino da língua maori quando solicitado. No entanto, a remoção da obrigação legal pode tornar a cultura indígena menos visível nas instituições de ensino.

Debate sobre Políticas Raciais

A decisão se insere em um contexto mais amplo de reavaliação das políticas baseadas em raça pelo governo. Críticos, incluindo o líder do Partido Trabalhista, Chris Hipkins, consideram essa mudança um retrocesso, afirmando que o governo está mais interessado em “guerras culturais” do que em resolver problemas econômicos. A situação levanta questões sobre o futuro da educação indígena na Nova Zelândia e o impacto na identidade cultural do país.

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