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O legado espanhol se desfaz no Saara 50 anos após a Marcha Verde

La Paz em El Aaiún cresce para trezentos e vinte alunos; recupera espaço original, amplia ensino em espanhol e pressiona por reconhecimento oficial

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
O legado espanhol se desfaz no Saara 50 anos após a Marcha Verde
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  • Cinquenta anos após a Marcha Verde, a presença da cultura espanhola no Saara Ocidental fica reduzida a apenas o colégio La Paz, em El Aaiún, que soma mais de 320 alunos, tendo saído de 70 estudantes anteriormente; o colégio não fechou desde a retirada de 1976.
  • A diretora Maria José Navarro destaca que a demanda por ensino em espanhol continua alta entre famílias saharauis, com atividades culturais como escola de famílias e contação de histórias envolvendo a comunidade.
  • Em Desafios da Língua Espanhola, o diretor da Academia Unamuno em Dajla, Brahim Hameyada, defende o reconhecimento oficial do espanhol no eventual estatuto de autonomia do Saara Ocidental, enquanto o espanhol perde espaço para francês e inglês entre os jovens.
  • A ausência de um Instituto Cervantes dificulta a promoção da língua e da cultura espanholas; planos para abrir um centro em El Aaiún desde 2013 ainda não saíram do papel, enquanto a França anuncia a instalação de uma Aliança Francesa na cidade.
  • No patrimônio, a Espanha mantém cerca de 200 propriedades no antigo território, grande parte em estado de abandono; edifícios históricos, como a igreja de San Francisco, enfrentam deterioração, e ativista local, Gajmula Ebbi, pede fortalecimento da presença educativa e cultural espanhola no Saara Ocidental.

A presença da cultura espanhola no Saara Ocidental enfrenta desafios significativos, cinquenta anos após a Marcha Verde, que resultou na retirada das tropas espanholas e na cessão do território para o Marrocos. Atualmente, apenas o colégio La Paz, localizado em El Aaiún, permanece ativo, com um crescimento expressivo de alunos, passando de 70 para mais de 320 estudantes.

O colégio, que nunca fechou suas portas desde a retirada em 1976, tem se mostrado um bastião da educação em espanhol na região. A diretora, Maria José Navarro, destaca que a demanda por ensino em espanhol continua alta entre as famílias saharauis. O colégio também tem promovido atividades culturais, como a escola de famílias e sessões de contação de histórias, que envolvem a comunidade local.

Desafios da Língua Espanhola

A língua espanhola, antes parte da identidade local, está em declínio. Brahim Hameyada, diretor da Academia Unamuno em Dajla, afirma que o espanhol deveria ser reconhecido oficialmente no futuro estatuto de autonomia do Saara Ocidental. Ele observa que, enquanto o espanhol perde espaço, o francês e o inglês ganham destaque entre os jovens.

A situação é agravada pela ausência de um Instituto Cervantes na região, o que impede a promoção da língua e da cultura espanhola. Desde 2013, planos para abrir um centro em El Aaiún foram aprovados, mas ainda não se concretizaram. Enquanto isso, a França já anunciou a instalação de uma Aliança Francesa na cidade, intensificando a competição cultural.

Patrimônio e Futuro

A Espanha mantém cerca de 200 propriedades no antigo território, mas a maioria está em estado de abandono. O patrimônio arquitetônico e cultural espanhol, como a igreja de San Francisco e outros edifícios históricos, enfrenta deterioração. Gajmula Ebbi, uma ativista local, defende a preservação da cultura espanhola, afirmando que é parte da história da região e que é necessário um esforço maior para fortalecer a presença educativa e cultural espanhola no Saara Ocidental.

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