- A biografia YA (para público jovem) intitulada “Daring”, de Jordana Pomeroy, chega para destacar o talento e a independência de Élisabeth Vigée Le Brun, com lançamento em 11 de novembro de 2025.
- O livro busca ampliar a educação artística entre gerações mais jovens, discutindo gênero e apresentando a artista de forma acessível.
- Pomeroy, ex-curadora-chefe do Museu Nacional de Mulheres nas Artes, enfatiza a perseverança de Vigée Le Brun em um contexto marcado por preconceitos sexuais e desvalorização de seu trabalho.
- A obra retrata a trajetória desde o Versalhes do Antigo Regime até as turbulências da Revolução Francesa e das Guerras Napoleônicas, destacando o retrato de Maria Antonieta e a paleta de cores vibrante.
- “Daring” faz parte de uma reevaluation da artista, ressaltando seu papel na inclusão de mulheres na história da arte, usando a arte para discutir a história sem explorar excessivamente lacunas de relações com contemporâneos.
A nova biografia *Daring*, escrita por Jordana Pomeroy, traz uma nova perspectiva sobre a artista francesa Élisabeth Vigée Le Brun, reconhecida por sua contribuição significativa à pintura de retratos. Lançada em 11 de novembro de 2025, a obra visa atingir o público jovem, promovendo uma educação artística acessível e abordando questões de gênero.
Pomeroy, que já foi curadora-chefe no Museu Nacional de Mulheres nas Artes, destaca a persistência e independência de Vigée Le Brun em um contexto histórico marcado por preconceitos sexuais. A artista enfrentou a desvalorização de seu trabalho, que muitas vezes era atribuído a outros artistas, como François Guillaume Ménageot. *Daring* é parte de uma reavaliação mais ampla da artista, que, segundo Simon Schama, foi injustamente considerada uma mera pintora de sociedade.
Contribuições Artísticas
O livro apresenta a trajetória de Vigée Le Brun, que começou sua carreira no Versalhes do Antigo Regime e se destacou em meio às turbulências da Revolução Francesa e das Guerras Napoleônicas. Suas obras, como o famoso retrato de Maria Antonieta, são descritas de forma acessível, utilizando uma linguagem que ressoa com a chamada “geração do sound-bite”.
As cinco partes da biografia são intercaladas com ilustrações de suas obras mais impactantes, que atraem a atenção do público jovem. Pomeroy utiliza a arte como um portal para discutir a história, embora evite aprofundar-se nas interações de Vigée Le Brun com seus contemporâneos, como Jacques-Louis David. A autora aponta que a artista desafiou as normas de gênero da época, mas não explora completamente as complexidades dessa luta.
Legado e Impacto
A biografia também destaca a vibrante paleta de cores utilizada por Vigée Le Brun, que foi notável em sua época. O livro é uma celebração de sua inovação, contribuindo para a inclusão das mulheres na narrativa da história da arte. Ao enfatizar o talento de Vigée Le Brun, *Daring* busca inspirar novas gerações a valorizar a arte e a reconhecer a importância das mulheres artistas.
A obra de Pomeroy não apenas reitera a relevância de Vigée Le Brun, mas também promete ser uma ferramenta essencial para a educação artística, ajudando a corrigir a narrativa histórica que frequentemente marginaliza as contribuições femininas.