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Vaporização em escolas impulsiona boom de vigilância nos banheiros

Detectores de vape em quatro escolas de Minneapolis elevam disciplina e geram dezenas de milhares de alertas, suscitando debate sobre privacidade e eficácia

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Middle school students are far less likely than their high school counterparts to consume nicotine, years of youth survey results show, with a spike in 2019 as public officials nationwide sought to confront the popularity of e-cigarettes.
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  • Nova investigação em Minneapolis aponta aumento de punições após a instalação de sensores para detectar vaporizadores, com maior volume de suspensões entre os alunos.
  • Antes da instalação, um estudante era disciplinado a cada 3,1 dias; após a implementação, a frequência caiu para 1,4 dias.
  • Logs indicam que a maioria dos incidentes ocorreu em banheiros; cerca de 81% das punições resultaram em suspensões, enquanto 7% levaram a encaminhamentos para aconselhamento sobre abuso de substâncias.
  • Discrepâncias entre escolas de ensino médio e fundamental foram notadas: alunos mais jovens receberam mais punições, mesmo sendo menos propensos a usar nicotina.
  • O debate envolve privacidade e eficácia: especialistas questionam a abordagem punitiva; estudo do CDC mostra ainda alto o uso de nicotina entre adolescentes; escolas investem milhões e alarmes podem sobrecarregar gestores sem estratégia clara para causas subjacentes.

O uso de dispositivos de vaping nas escolas tem gerado um aumento significativo nas medidas disciplinares. Uma nova investigação em Minneapolis revelou que a instalação de sensores para detectar vaporizadores resultou em um aumento nas punições, com alunos sendo suspensos com frequência. Os dados mostram que, antes da instalação dos sensores, um estudante era disciplinado a cada 3,1 dias; após a implementação, essa frequência caiu para 1,4 dias.

A análise dos logs de detecção indica que a maioria dos incidentes ocorreu em banheiros, onde os alunos costumam se esconder para usar os dispositivos. Cerca de 81% das punições resultaram em suspensões, enquanto apenas 7% levaram a encaminhamentos para aconselhamento sobre abuso de substâncias. A discrepância entre as disciplinas nas escolas de ensino médio e nas de ensino fundamental também foi notável, com os alunos mais novos enfrentando mais punições, apesar de serem menos propensos a consumir nicotina.

Debate sobre Privacidade e Eficácia

A utilização de tecnologia de vigilância em ambientes escolares levanta preocupações sobre privacidade. Educadores e especialistas em saúde pública questionam a eficácia dessas abordagens punitivas. Cameron Samuels, estudante da Universidade do Texas, argumenta que a vigilância é uma resposta inadequada a um problema complexo. “Surveillance is only a diagnosis”, afirma, sugerindo que a solução deve envolver apoio emocional e programas de mentoria, em vez de punições.

Estudos recentes indicam que o uso de dispositivos de vaping entre adolescentes ainda é uma preocupação. Embora o uso de tabaco entre jovens tenha diminuído desde um pico em 2019, o vaping continua a ser prevalente. Dados do CDC mostram que o uso de nicotina entre adolescentes permanece alto, e as escolas precisam de uma abordagem mais equilibrada que priorize a educação e o suporte ao invés da disciplina.

Respostas das Escolas

As escolas têm investido milhões na instalação desses sensores, mas a eficácia real dessas medidas é debatida. Os alarmes disparados frequentemente podem sobrecarregar os administradores, levando a uma resposta desproporcional e, muitas vezes, ineficaz. A situação em Minneapolis reflete um padrão observado em outras partes do país, onde a vigilância se intensifica sem uma estratégia clara para abordar as causas subjacentes do uso de vaping entre os alunos.

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