Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Roubo de prova, escolas ocupadas e erros em notas: relembre outras polêmicas envolvendo o ENEM

O cancelamento de questões na edição de 2025 não é a primeira polêmica envolvendo a prova o exame

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Questões já foram vazadas dias antes da prova em outras edições - Foto: Angelo Miguel/MEC
0:00 0:00
  • O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anulou três questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) devido a suspeitas de vazamento.
  • O vazamento ocorreu em uma live de estudos realizada cinco dias antes da prova, onde o professor Edcley Teixeira apresentou questões semelhantes às do exame.
  • O Enem já enfrentou outros episódios de vazamento e problemas, incluindo o roubo de cadernos e a divulgação antecipada de temas.
  • Em 2009, o exame foi adiado após o roubo de um caderno de provas, resultando na maior abstenção da história, com cerca de 1,5 milhão de inscritos desistindo.
  • Em 2011, questões de um simulado de uma escola em Fortaleza foram encontradas na prova oficial, e em 2014, um caminhão com provas foi roubado no Rio de Janeiro, obrigando candidatos a refazerem a prova.

Nesta semana, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anulou três questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) após a suspeita de vazamento em uma live publicada dias antes da prova.

Cinco dias antes da prova, o professor Edcley Teixeira fez uma live de estudos na qual mostrou ao menos cinco questões muito semelhantes às que apareceram no segundo dia do Enem, dedicado às áreas de Matemática e Ciências da Natureza.

Porém, esse não foi um caso isolado de vazamento de questões ou de outras informações do Enem. A prova já enfrentou outros episódios de divulgação antecipada de itens e temas, ocupação dos locais de aplicação por estudantes e até roubo de cadernos. Confira a seguir cinco outras polêmicas envolvendo o exame.

1. Roubo da prova de 2009

Em 2009, o Enem passou por uma virada de chave. Entre 1998 e 2008, a prova avaliava 21 habilidades por meio de três questões cada, além da redação. A partir de 2009, foi adotado o formato atual, com quatro áreas divididas em 45 questões cada.

Porém, logo na primeira aplicação do novo formato, a prova precisou ser remarcada devido ao roubo de um dos cadernos dentro da Gráfica Plural, responsável pela impressão do exame.

Após o roubo, a jornalista Renata Cafardo, então repórter do *Estadão*, recebeu uma ligação de alguém que afirmava estar com a prova do Enem e estava disposto a vendê-la. Ela se encontrou com os suspeitos, conferiu o conteúdo e depois acionou o Ministério da Educação para confirmar se as questões que havia memorizado durante o encontro realmente faziam parte do exame.

O então ministro Fernando Haddad confirmou o furto e anunciou em 1° de outubro o adiamento das provas, que ocorreram dois meses depois e resultaram na maior abstenção da história do exame, com cerca de 1,5 milhão de inscritos desistindo.

2. Furto de questões em 2011

Um caso semelhante ao deste ano ocorreu em 2011, quando alunos do Colégio Christus, em Fortaleza, relataram que um simulado realizado na escola uma semana antes do exame apresentava questões muito parecidas com as da prova oficial.

Após investigação, foi constatado que 14 questões apareceram tanto no simulado quanto na prova oficial de forma muito similar. E que a escola havia recebido pré-testes do Inep para avaliar a prova e suas dificuldades. Um professor utilizou algumas dessas questões nos exercícios do simulado.

3. Caminhão com provas roubado e vazamento de redação em 2014

Em 2014, alguns estudantes de Pernambuco, assim como pessoas privadas de liberdade e jovens em medidas socioeducativas, precisaram refazer a prova devido a problemas como falta de energia elétrica.

Porém, o problema mais incomum neste caso ocorreu seis dias após a aplicação das provas, quando um caminhão com os cartões-resposta e os exames foi roubado no Rio de Janeiro, o que obrigou 31 candidatos a refazerem a prova pela terceira vez.

Além disso, o tema da redação daquele ano, “Publicidade infantil no Brasil”, foi vazado pouco mais de uma hora antes do início da prova, e estudantes do Piauí e do Ceará denunciaram o caso.

Porém, mesmo após a confirmação da Polícia Federal de que o tema havia sido vazado, o Ministério Público Federal do Ceará arquivou o caso, alegando que o horário do vazamento não teria permitido que os candidatos se beneficiassem.

4. Ocupação de escolas em 2016

Em 2016, várias escolas em todo o Brasil foram ocupadas por estudantes em protesto contra a PEC 241, que reduziu os gastos do governo com educação, junto da reforma do ensino médio e do projeto Escola Sem Partido.

Muitas dessas escolas ocupadas seriam usadas para aplicar o Enem, afetando mais de 200 mil alunos, que tiveram de refazer a prova em outra data.

5. Erro na correção de notas do Enem 2019

Durante a validação das notas do exame de 2019, o Inep recebeu mais de 70 mil reclamações sobre erros na correção. A investigação identificou cerca de 6 mil erros nas provas desta edição.

Uma das falhas envolveu uma confusão de informações na gráfica, quando as  provas foram corrigidas com o gabarito de outra cor, causando divergências entre respostas corretas e incorretas.

Além disso, houve problemas com o uso de cartões-resposta reservas e outros erros no primeiro dia de aplicação, que afetaram a correção das questões e resultaram em notas incorretas para os estudantes.

Relacionados:

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais