- Nesta semana, cerca de 77 meninas foram sequestradas em dois ataques a escolas no noroeste da Nigéria: em Kebbi foram 25 meninas e um professor, com a morte da subdiretora e de um guarda; em Papiri, pelo menos 52 meninas e vários professores foram levados, com mortes entre funcionários.
- Autoridades locais avaliam o número exato de vítimas e determinaram o fechamento temporário de escolas em alguns municípios devido à insegurança. O governo do estado Kwara ordenou que instituições educacionais permaneçam fechadas até garantir a segurança.
- O ministro da Informação, Mohammed Idris Malagi, disse que as autoridades compartilham o doloroso sentimento das famílias e trabalham para resgatar as vítimas; o presidente Bola Tinubu reiterou o compromisso de proteger todos os nigerianos, especialmente estudantes.
- A pressão internacional aumenta, com críticas à gestão de segurança do governo diante dos sequestros recorrentes nas escolas.
- Dados da ONG Save the Children indicam que, entre 2014 e 2022, quinhentos e dezoito crianças foram sequestradas e cento e oitenta e quatro mortas em ataques a escolas, destacando o impacto sobre o direito à educação e as comunidades.
- Segundo a organização Amnistia Internacional, há críticas à inação das autoridades, afirmando que não há um plano eficaz para combater a onda de sequestros, o que tem levado a queda de matrículas, especialmente entre meninas.
Cerca de 77 meninas foram sequestradas em dois ataques a escolas no noroeste da Nigéria nesta semana. O primeiro incidente ocorreu na madrugada de segunda-feira, em Kebbi, onde 25 meninas e um professor foram levados por homens armados, que ainda mataram a subdiretora e um guarda. O segundo ataque, na sexta-feira, em Papiri, resultou no rapto de pelo menos 52 meninas e vários professores, com mais mortes entre os funcionários.
As autoridades locais estão avaliando o número exato de meninas sequestradas e decidiram fechar temporariamente escolas em alguns municípios devido à insegurança. O governador do Estado de Kwara, preocupado com a situação, determinou que as instituições educacionais permaneçam fechadas até que a segurança seja garantida.
Reações e Críticas
O ministro da Informação, Mohammed Idris Malagi, expressou que as autoridades “compartilham o doloroso sentimento” das famílias afetadas e estão empenhadas em resgatar as vítimas. O presidente Bola Tinubu reafirmou seu compromisso em proteger todos os nigerianos, especialmente os estudantes. Contudo, a pressão internacional aumenta, com críticas à gestão de segurança do governo.
Desde o sequestro das 276 meninas de Chibok em 2014, a insegurança nas escolas nigerianas tem se agravado. Dados da ONG Save the Children revelam que, entre 2014 e 2022, 1.683 estudantes foram sequestrados e 184 mortos em ataques a escolas. A organização destacou que esses eventos prejudicam o direito à educação e traumatizam as comunidades.
A Indústria do Sequestro
Os ataques mais recentes são atribuídos a grupos criminosos conhecidos como “bandidos”, que atuam sem uma ideologia definida. Essas bandas se aproveitam da vulnerabilidade das escolas e têm ganhado notoriedade ao longo dos anos, com o governo enfrentando dificuldades em implementar medidas de segurança eficazes. Amnistia Internacional criticou a inação das autoridades, afirmando que o governo não possui um plano efetivo para combater a onda de sequestros, o que tem resultado em uma queda na matrícula escolar, especialmente entre meninas.