- Jeff Cowan foi condenado na sexta e última ação de fraude relacionada a falsificações de Morrisseau, no Superior Court de Ontário, em Barrie.
- Ele foi considerado culpado em quatro acusações de fraude, incluindo uso de documentos falsos, e de ter lesado o público e dois clientes, com bens avaliados em mais de C$ cinco mil.
- As supostas falsificações e o tráfico de obras de Morrisseau estão estimados em mais de C$ cem milhões desde a morte do artista, e foram chamadas de maior fraude de arte da história pela polícia canadense.
- Há audiência de apreensão prevista em fevereiro para tratar das mil pinturas confiscadas em dois mil e vinte e três.
- O caso ganhou notoriedade com o documentário There Are No Fakes (2019) e continua sendo acompanhado conforme novas informações e desdobramentos.
Jeff Cowan foi condenado pela sexta e última ação de fraude envolvendo falsificações e tráfico de obras atribuídas ao artista canadense Norval Morrisseau. A decisão ocorreu no Ontario Superior Court, em Barrie, Ontario, onde Cowan atuou como seu próprio advogado.
Ele foi considerado culpado em todas as quatro acusações, incluindo uso de documentos falsos e fraude contra o público, envolvendo clientes.
A condenação encerra uma saga de décadas relacionada a uma ampla rede de forjadores associada a Morrisseau, conhecido como o “Picasso do Norte”. A polícia canadense classifica o esquema como uma das maiores fraudes de arte.
Segundo investigações, havia três componentes na rede de falsificação. Um núcleo produziu milhares de falsificações desde 1995, com dezenas de artistas envolvidos ao longo dos anos.
Em Thunder Bay, outra rota comercializou cerca de 150 a 200 falsificações nos anos 2000, explorando artistas indígenas próximos a Morrisseau. Um terceiro grupo emitia certificados de autenticidade falsos.
O caso ganhou atenção pública após o documentário There Are No Fakes (2019), de Jamie Kastner, que revelou a escala das falsificações na região.
Ainda há desdobramentos: está prevista uma audiência de apreensão em fevereiro sobre 1.000 pinturas apreendidas pela polícia em 2023.
A operação de apreensão envolveu oito suspeitos e destacou a complexidade de rastrear a proveniência de obras de Morrisseau desde a morte do artista, em 2007.
O total estimado de valores envolvidos excede centenas de milhões de dólares canadenses, com as obras ainda sob escrutínio legal e processual.