- A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) aumentou a vigilância na Europa Oriental após a interceptação de drones russos por aeronaves polonesas.
- O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, confirmou que os drones foram abatidos durante ataques à Ucrânia na noite de 9 para 10 de setembro.
- A Estônia pediu consultas com outros membros da OTAN após caças russos MiG-31 violarem seu espaço aéreo.
- Na cúpula de junho, os 32 membros da OTAN reafirmaram o compromisso com a defesa coletiva, conforme o Artigo 5 do tratado.
- A adesão da Ucrânia à OTAN é incerta, com a Rússia se opondo fortemente à aproximação da aliança em suas fronteiras.
A OTAN intensifica vigilância após violações de espaço aéreo por aeronaves russas
Recentemente, a OTAN reforçou sua vigilância na Europa Oriental após a interceptação de drones russos por aeronaves polonesas. O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, confirmou que os drones foram abatidos durante ataques à Ucrânia, na noite de 9 para 10 de setembro. Embora a Ucrânia não seja membro da OTAN, Tusk pediu uma investigação sobre possíveis ameaças à integridade territorial e segurança de países aliados.
Em um desdobramento adicional, a Estônia solicitou consultas com outros membros da OTAN após a violação de seu espaço aéreo por caças russos MiG-31. Essas ações refletem a crescente tensão na região, especialmente após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022. A OTAN, que reafirmou seu compromisso com a defesa coletiva em sua cúpula de junho, continua a monitorar a situação de perto.
Compromissos de Defesa e Aumento de Gastos
Na cúpula de junho, os 32 membros da OTAN reiteraram sua “compromisso inabalável com a defesa coletiva”, conforme estabelecido no Artigo 5 do tratado. Este artigo afirma que um ataque a um membro é considerado um ataque a todos, permitindo ações coletivas em resposta. Apesar de não ter um exército próprio, a OTAN coordena ações militares e exercícios conjuntos entre os países membros.
Os gastos com defesa também estão em foco, com a expectativa de que os membros alcancem 2% do PIB em despesas militares. Em 2024, os Estados Unidos gastaram 935 bilhões de dólares, representando 3,2% de seu PIB, enquanto outros países, como a Espanha, ficaram abaixo do alvo, com apenas 1,24%. A meta de 5% acordada na cúpula de junho visa aumentar os gastos para 3,5% até 2035.
Perspectivas para a Ucrânia e Reações da Rússia
A adesão da Ucrânia à OTAN permanece incerta devido à guerra em curso. A Rússia se opõe fortemente à entrada da Ucrânia na aliança, temendo a aproximação das forças da OTAN em suas fronteiras. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, expressou disposição para acelerar o processo de adesão, mesmo considerando renunciar ao cargo se isso facilitar a entrada da Ucrânia na aliança.
A OTAN descreveu a invasão russa como a “mais significativa e direta ameaça à segurança dos aliados”. Apesar de não enviar tropas para a Ucrânia, os membros individuais têm fornecido apoio militar substancial. Desde fevereiro de 2022, os Estados Unidos sozinhos destinaram 64,6 bilhões de euros em ajuda militar, enquanto a União Europeia e outros aliados contribuíram com 79,8 bilhões de euros.