- Desde fevereiro de 2022, a comunidade internacional apoia a Ucrânia na guerra contra a Rússia, com destaque para os Estados Unidos e países europeus.
- A Europa superou os Estados Unidos em ajuda militar, com contratos de armamento totalizando 35,1 bilhões de euros.
- Até junho de 2023, a ajuda militar europeia ultrapassou a dos Estados Unidos em 4,4 bilhões de euros, com quase 50% da ajuda vinda de contratos diretos com a indústria armamentista.
- O G-7 e a Comissão Europeia criaram o mecanismo de crédito Extraordinary Revenue Acceleration (ERA), que destinará 45 bilhões de euros à Ucrânia, com 6,3 bilhões já disponibilizados.
- Conversas virtuais entre líderes da Alemanha, França, Reino Unido e Ucrânia discutirão negociações de paz e segurança, com ênfase na participação ucraniana.
Desde o início da invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022, a comunidade internacional tem se mobilizado para apoiar Kiev, com destaque para os Estados Unidos e países europeus. Recentemente, a Europa superou os EUA em ajuda militar, com um total de 35,1 bilhões de euros em contratos de armamento, de acordo com o *Ukraine Support Tracker* do Instituto de Economia Mundial de Kiel.
Os dados revelam que, até junho de 2023, a ajuda militar europeia à Ucrânia, proveniente da indústria armamentista, ultrapassou a dos EUA em 4,4 bilhões de euros. A Europa tem mantido um nível elevado de apoio, com quase 50% da ajuda militar sendo canalizada diretamente através de contratos com a indústria, ao invés de estoques. Em maio e junho, 10,5 bilhões de euros foram destinados a essa ajuda, com 4,6 bilhões especificamente para contratos com empresas de armamento.
Apoio Financeiro e Negociações de Paz
Além da ajuda militar, um pacote financeiro significativo está em andamento. O mecanismo de crédito ERA (Extraordinary Revenue Acceleration), criado pelo G-7 e pela Comissão Europeia, visa fornecer 45 bilhões de euros em créditos à Ucrânia, com 6,3 bilhões já disponibilizados. Esse suporte é crucial para a estabilidade financeira do país diante dos desafios econômicos gerados pela guerra.
Em um contexto de crescente apoio europeu, o chanceler alemão, Friedrich Merz, convocou conversas virtuais para discutir a situação na Ucrânia. Líderes de países como Alemanha, França, Reino Unido e Ucrânia participarão das discussões, que abordarão possíveis negociações de paz e questões de segurança. O governo alemão enfatizou a importância da participação ucraniana em qualquer solução pacífica, reiterando que as fronteiras não podem ser alteradas à força.
Esses desdobramentos refletem uma mudança significativa no apoio militar e financeiro à Ucrânia, com a Europa assumindo um papel de liderança em um momento crítico da guerra.