- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reunirá com o líder russo, Vladimir Putin, no Alasca, em quinze de agosto.
- As negociações podem incluir “trocas de terras” na Ucrânia, gerando preocupações sobre uma nova cúpula de Yalta.
- A cúpula de Yalta, realizada em mil novecentos e quarenta e cinco, dividiu a Europa sem a participação dos países afetados.
- A ausência de representantes ucranianos e europeus nas negociações atuais reaviva temores sobre o futuro da Ucrânia.
- Especialistas alertam que a situação é diferente, pois Putin é considerado um agressor que iniciou uma guerra não provocada.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reunirá com o líder russo, Vladimir Putin, no Alasca, nesta sexta-feira, 15. A expectativa é que as negociações incluam “trocas de terras” na Ucrânia, o que gera preocupações sobre uma nova cúpula de Yalta, onde decisões sobre o futuro da Europa foram tomadas sem a presença de seus países.
A cúpula de Yalta, realizada em 1945, foi um marco na divisão da Europa entre as potências aliadas, resultando na entrega de países da Europa Oriental à União Soviética. “Yalta é um símbolo de tudo o que tememos”, afirmou Peter Schneider, romancista alemão. A ausência de representantes ucranianos e europeus nas negociações atuais reaviva o temor de que o destino da Ucrânia seja decidido sem sua participação.
Analistas destacam que a situação atual é diferente, pois Putin não é um aliado, mas sim um agressor que iniciou uma guerra não provocada. Timothy D. Snyder, historiador, observa que “Putin quer que a Ucrânia entregue territórios não ocupados pela Rússia,” o que remete a momentos sombrios da história, como a Conferência de Munique em 1938.
As potências europeias, que também não estarão presentes na cúpula do Alasca, planejam discutir a reunião virtualmente. “Esse medo de que alguém nos venda ou venda a Ucrânia é um trauma nacional na Europa Oriental,” disse Kadri Liik, especialista em Estônia e Rússia. A possibilidade de uma nova divisão da Europa, semelhante à de Yalta, preocupa líderes e cidadãos da região.