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Arqueólogos descobrem vestígios de atrocidade de guerra de 6.000 anos na França

Descobertas na Alsácia revelam indícios de brutalidade em conflitos do Neolítico, sugerindo um cenário de guerra e tortura na Europa antiga

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Esqueletos de cerca de 6.000 anos achados por arqueólogos em Bergheim, na França (Foto: Fanny Chenal/Inrap)
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  • Esqueletos de seis mil anos foram encontrados na Alsácia, França, indicando o mais antigo caso de atrocidades de guerra na Europa.
  • As descobertas ocorreram em covas circulares em Achenheim e Bergheim, revelando sinais de tortura e violência extrema.
  • Os corpos apresentavam fraturas significativas, sugerindo que as vítimas foram brutalmente atacadas antes da morte.
  • Pedaços de braços cortados foram encontrados, possivelmente usados como troféus de guerra, e as análises indicam que as vítimas eram de uma região diferente.
  • A pesquisa, liderada por Teresa Fernández-Crespo da Universidade de Valladolid, foi publicada na revista Science Advances e sugere que conflitos eram comuns no Neolítico.

Esqueletos de 6.000 anos encontrados na Alsácia, França, podem representar o mais antigo caso de atrocidades de guerra na Europa. As descobertas, feitas em covas circulares em Achenheim e Bergheim, revelam indícios de tortura e violência extrema, com ferimentos que vão além do necessário para matar.

Os corpos, jogados em uma vala comum, apresentavam fraturas significativas, indicando que as vítimas foram brutalmente atacadas antes da morte. Além disso, foram encontrados pedaços de braços cortados, sugerindo que esses membros poderiam ter sido usados como troféus de guerra. A análise bioquímica dos restos mortais indica que as vítimas eram de uma região diferente, possivelmente invasores derrotados em combate.

Contexto Arqueológico

O Neolítico, período em que os esqueletos foram datados, foi marcado por um crescimento populacional e o surgimento de elites sociais na Europa Ocidental. Esse cenário também trouxe conflitos, como evidenciado por registros de canibalismo em outras partes do continente. A mudança nos artefatos da região, que passaram a refletir influências de culturas distantes, sugere um processo de substituição populacional, possivelmente ligado a guerras.

Os pesquisadores, liderados por Teresa Fernández-Crespo da Universidade de Valladolid, publicaram suas descobertas na revista *Science Advances*. Eles utilizaram amostras de isótopos para determinar a origem das vítimas, revelando que elas tinham um estilo de vida mais nômade e uma dieta variada em comparação com os habitantes locais.

Implicações das Descobertas

As evidências de violência extrema e a presença de fraturas nos esqueletos, que ocorreram no momento da morte, indicam um nível de brutalidade que vai além do que seria esperado em um simples confronto. A maioria das vítimas era composta por homens adultos e adolescentes, grupos mais frequentemente envolvidos em conflitos armados.

Essas descobertas não apenas ampliam o entendimento sobre a violência no Neolítico, mas também levantam questões sobre as dinâmicas sociais e culturais da época. A análise dos restos mortais sugere que os conflitos eram comuns e que a guerra poderia ter um papel significativo na formação das sociedades da época.

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