- A possibilidade de um acordo de paz mediado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia gera ceticismo entre aliados europeus.
- Um eventual acordo exigiria que a coalizão de apoio se comprometesse com a segurança da Ucrânia, o que poderia incluir o envio de tropas ou bilhões de euros para a reconstrução do país.
- Especialistas afirmam que um cessar-fogo não garantiria o fim das hostilidades, pois a Rússia poderia continuar a desestabilizar a confiança entre os aliados da Ucrânia por meio de desinformação.
- A desinformação russa pode aumentar caso tropas europeias sejam enviadas à Ucrânia, criando incertezas sobre o apoio militar ocidental.
- Além disso, a Rússia pode retaliar aumentando a migração irregular para países que enviem tropas, testando a determinação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a disposição dos aliados em proteger seus membros.
A possibilidade de um acordo de paz mediado pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia, gera ceticismo entre aliados europeus. Se um acordo for alcançado, a chamada “coalizão dos dispostos” terá que se comprometer com a segurança da Ucrânia, o que pode incluir o envio de tropas para monitorar a paz ou bilhões de euros para a reconstrução do país.
Embora as capitais europeias tenham visões diferentes sobre as garantias de segurança, todas concordam que um acordo mediado por Trump não significaria o fim das hostilidades. Especialistas alertam que, mesmo com um cessar-fogo, a Rússia pode continuar a minar a confiança entre os aliados da Ucrânia, utilizando campanhas de desinformação para semear dúvidas sobre o comprometimento ocidental.
A desinformação russa, que já se espalha por várias nações europeias, pode intensificar-se caso tropas europeias sejam enviadas à Ucrânia. A estratégia russa visa criar incertezas e desconfiança, fazendo com que os cidadãos europeus questionem a continuidade do apoio militar. Além disso, a pressão para que a Ucrânia realize eleições pode aumentar, o que poderia ser explorado pela propaganda russa para deslegitimar o governo de Volodymyr Zelensky.
Analistas também destacam que a Rússia pode retaliar de outras formas, como aumentando a migração irregular para países que enviem tropas. Essas táticas visam testar a determinação da NATO e a disposição dos aliados em proteger seus membros. A manipulação da opinião pública e a desinformação são ferramentas que o Kremlin tem utilizado para intimidar adversários e influenciar a política interna de países europeus.