- Os países europeus França, Alemanha e Reino Unido ativaram o processo de “snapback” contra o Irã.
- A contagem regressiva de 30 dias para a restauração de sanções da ONU foi iniciada.
- As sanções incluem congelamento de ativos, proibições de viagem e embargo de armas.
- A medida visa pressionar o Irã e os Estados Unidos a retomar negociações para evitar conflitos.
- A falta de confiança nas negociações e a divisão interna no governo iraniano complicam a situação.
E3 ativa processo de “snapback” contra o Irã e inicia contagem regressiva para sanções da ONU
Os países europeus França, Alemanha e Reino Unido, conhecidos como E3, ativaram o processo de “snapback” contra o Irã, iniciando uma contagem regressiva de 30 dias para a restauração de sanções da ONU que haviam sido suspensas pelo acordo nuclear de 2015. Essa medida visa pressionar Teerã e Washington a retomar negociações para evitar um conflito mais amplo.
As sanções restauradas incluem o congelamento de ativos iranianos no exterior, proibições de viagem e um embargo de armas. Além disso, os E3 planejam reimpor suas próprias sanções relacionadas ao nuclear, afetando severamente os setores financeiro e energético do Irã. A decisão de ativar o snapback ocorre em um contexto de crescente tensão, especialmente após os ataques aéreos de Israel e dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas.
Pressão e Diplomacia
Os E3 esperam que a contagem regressiva pressione tanto o Irã quanto os Estados Unidos a se envolverem em novas conversas. No entanto, essa estratégia é considerada arriscada, pois pode intensificar o conflito. O mecanismo de snapback, incluído na Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, está prestes a expirar em outubro, o que torna a ação dos E3 ainda mais urgente.
Antes dos ataques, os E3 haviam sinalizado ao Irã que invocariam o snapback caso o país não reduzisse suas atividades nucleares, que ultrapassaram os limites do acordo de 2015. Apesar de tentativas de mediação por Omã, as negociações estagnaram, especialmente após a postura agressiva do governo Trump.
Desafios e Consequências
A proposta de extensão do snapback enfrentou obstáculos significativos. As exigências dos E3, como acesso total da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aos sites nucleares iranianos, foram vistas como excessivas. Além disso, a divisão interna no governo iraniano dificultou a aceitação de um acordo.
A falta de confiança nas negociações e a percepção de que o snapback poderia ser uma oportunidade para o Irã provocar uma crise e forçar os EUA a voltar à mesa de negociações complicam ainda mais a situação. Caso as sanções sejam restauradas, o cenário pode se agravar, com possíveis retaliações por parte do Irã e um aumento das tensões com Israel.
Os E3 agora enfrentam o desafio de intensificar a diplomacia para evitar um conflito mais amplo e garantir um novo acordo que limite as atividades nucleares do Irã.