- A Bienal de São Paulo inicia sua nova edição no dia sete de outubro, com curadoria de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung.
- O tema central é “humanidade”, com foco em uma visão inclusiva que destaca saberes de diversas culturas.
- A exposição apresenta cento e vinte e cinco obras de artistas e coletivos, organizadas em seis núcleos temáticos.
- Entre as obras, estão instalações de Precious Okoyomon e do coletivo Sertão Negro, que refletem sobre a relação entre humanos e a natureza.
- A bienal também aborda questões contemporâneas, como migrações forçadas e a interação entre humanos e máquinas.
A Bienal de São Paulo, uma das mais renomadas do mundo, inicia sua nova edição neste sábado, 7 de outubro, sob a curadoria de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung. Com o tema central “humanidade”, a bienal busca promover uma visão inclusiva, abordando saberes de diversas culturas e questões como resistência e coexistência.
Ndikung, que também dirige a Casa de Culturas do Mundo em Berlim, expressou sua preocupação com o estado atual do mundo. Ele questiona: “Como salvar a humanidade de um caminho violento e tóxico?” A proposta é que os artistas ajudem a encontrar novas formas de convivência, distantes do humanismo tradicional que exclui diversas vozes.
A exposição, realizada no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, apresenta 125 obras de artistas e coletivos, organizadas em seis núcleos temáticos. A mostra destaca culturas como a yoruba, amazigh e candomblé, além de incorporar tradições feministas, negras e queer. A metáfora do estuário, onde diferentes tradições se encontram e se transformam, inspira a curadoria.
Temas e Obras
Entre as obras, destaca-se a instalação de Precious Okoyomon, que recria um terreno artificial, e o coletivo Sertão Negro, que constrói um muro de barro que abriga um museu informal de saberes indígenas. A ideia de comunidade permeia as criações, refletindo sobre a relação entre humanos e a natureza em um planeta em crise.
Artistas renomados como Isa Genzken e Kader Attia expõem ao lado de talentos menos conhecidos, promovendo um diálogo entre diferentes culturas. Wolfgang Tillmans apresenta uma série fotográfica de rios, revelando um diálogo silencioso entre eles. Para ele, a noção de humanidade se torna mais aberta e ligada à prática da coexistência.
A bienal também aborda questões contemporâneas, como migrações forçadas e a relação entre humanos e máquinas. A artista Laure Prouvost traz uma obra provocativa, uma flor de vidro que interage com o público. Ndikung enfatiza que o poder do arte pode transformar, educar e antecipar eventos, destacando a importância da arte em tempos de crise.