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Conflito entre Oriente e Ocidente se intensifica sem perspectiva de resolução

Vladislav Zubok reinterpreta a Guerra Fria e suas consequências nas relações EUA-Rússia em novo livro programado para maio de 2025

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Soldados da Alemanha Oriental patrulham a "faixa da morte" entre as partes interna e externa do Muro de Berlim, por volta de 1981 (Foto: Reprodução)
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  • O livro “The World of the Cold War”, de Vladislav Zubok, será lançado em maio de 2025.
  • A obra analisa a Guerra Fria, que ocorreu de 1947 a 1991, e suas repercussões atuais nas relações entre EUA e Rússia.
  • Zubok, historiador da União Soviética e professor na London School of Economics, critica narrativas tradicionais, descrevendo o conflito como um choque de medos coletivos.
  • O autor relaciona a ascensão de Vladimir Putin ao legado da Guerra Fria, destacando a percepção russa de ameaças à soberania.
  • Zubok argumenta que a desintegração da União Soviética resultou de erros estratégicos dos EUA, e não foi uma vitória clara para eles.

Análise da Guerra Fria

O novo livro de Vladislav Zubok, intitulado The World of the Cold War, oferece uma visão inovadora sobre o conflito que moldou o século XX. A obra, prevista para lançamento em maio de 2025, analisa a complexidade da Guerra Fria, que se estendeu de 1947 a 1991, e suas repercussões na atualidade, especialmente nas relações entre EUA e Rússia.

Zubok, historiador nascido na União Soviética e professor na London School of Economics, desafia narrativas tradicionais ao descrever a Guerra Fria como um fenômeno anômalo e multifacetado. Ele argumenta que o conflito não se resume a uma simples disputa entre comunismo e capitalismo, mas reflete um choque de medos coletivos. O autor destaca que a União Soviética estava em uma posição de vulnerabilidade, enquanto os EUA exageravam a ameaça soviética.

A Interpretação de Zubok

O autor critica a visão de George Kennan, arquétipo da estratégia de contenção dos EUA, afirmando que sua análise falhou em captar a verdadeira natureza da União Soviética. Zubok sugere que a Guerra Fria foi impulsionada por uma decisão americana de estabelecer uma ordem liberal global, o que levou a uma militarização excessiva e a intervenções desastrosas, como a Guerra do Vietnã.

Além disso, Zubok relaciona a ascensão de Vladimir Putin ao legado da Guerra Fria. Ele observa que a visão de um “nunca acabar” da Guerra Fria, cultivada por ex-oficiais da KGB, moldou a política externa russa contemporânea. O autor argumenta que a expansão da OTAN e a construção de uma ordem liberal na Europa foram percebidas como ameaças à soberania russa, contribuindo para a atual hostilidade.

Repercussões Contemporâneas

Zubok também analisa como a Guerra Fria influenciou a dinâmica global atual. Ele observa que a dependência econômica da União Soviética em relação ao Ocidente durante a década de 1970 e 1980, especialmente em termos de tecnologia e investimento, teve consequências duradouras. O autor sugere que a desintegração da União Soviética não foi uma vitória clara para os EUA, mas sim um resultado de uma série de erros estratégicos.

Por fim, a obra de Zubok não apenas reinterpreta a Guerra Fria, mas também oferece insights sobre os desafios atuais nas relações internacionais, destacando a necessidade de uma compreensão mais profunda das interações entre Moscovo e Washington.

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