- A missão Juno da NASA, que estuda Júpiter desde 2016, pode ser encerrada em setembro de 2023 devido a cortes orçamentários propostos.
- A sonda foi lançada em 2011 e já trouxe informações importantes sobre a estrutura interna e a atmosfera do planeta.
- O cientista-chefe da missão, Scott Bolton, afirma que a continuidade da Juno poderia permitir novos sobrevoos das luas Tebe, Amalteia, Adrasteia e Métis.
- Desde sua chegada, a Juno completou 35 órbitas, realizando voos a menos de 5.000 quilômetros das nuvens de Júpiter, em um ambiente de intensa radiação.
- O orçamento proposto pela Casa Branca prevê um corte de 47% no programa científico da NASA, incluindo o cancelamento da missão Juno.
A missão Juno da NASA, que explora Júpiter desde 2016, pode ser encerrada em setembro de 2023 devido a cortes orçamentários propostos. Sem planos de extensão, a sonda, lançada em 2011, já revelou informações cruciais sobre a estrutura interna e a atmosfera do maior planeta do Sistema Solar.
Scott Bolton, cientista-chefe da missão, destaca que a Juno oferece uma oportunidade única para investigar regiões inexploradas do sistema joviano. A continuidade da missão poderia incluir sobrevoos próximos das luas Tebe, Amalteia, Adrasteia e Métis, ampliando ainda mais o conhecimento sobre Júpiter e suas luas. A sonda já desvendou mistérios sobre a formação do planeta, revelando um núcleo poroso e diluído, desafiando teorias anteriores.
Desde sua chegada a Júpiter, a Juno completou 35 órbitas, realizando voos rasantes a menos de 5.000 km das nuvens do planeta. O ambiente hostil, marcado por intensa radiação, exigiu que a eletrônica da sonda fosse protegida por um invólucro de titânio. A missão, inicialmente programada para durar cinco anos, foi estendida devido ao seu sucesso e à saúde da espaçonave.
Com o fim da missão primária em julho de 2021, a NASA havia planejado uma nova fase até setembro de 2025, focando também nas luas Ganimedes, Europa e Io. No entanto, o orçamento proposto pela Casa Branca prevê um corte de 47% no programa científico da agência, incluindo o cancelamento de 41 missões, entre elas a Juno.
A Juno, que já desafiou as expectativas em sua resistência à radiação, pode não sobreviver a essa crise orçamentária. O futuro da missão permanece incerto, e a comunidade científica aguarda desdobramentos sobre a continuidade da exploração de Júpiter.