- A Polônia interceptou drones russos que invadiram seu espaço aéreo na madrugada de 10 de outubro.
- O governo polonês acionou o artigo 4 da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para consultas formais.
- O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, afirmou que a violação é uma ameaça direta à integridade territorial do país.
- Durante o incidente, foram registradas 19 incursões de drones, com três abatidos e um deles atingindo uma casa na região de Lublin, sem feridos.
- Líderes europeus condenaram a ação russa e reafirmaram o direito da Polônia de defender seu espaço aéreo.
A Polônia interceptou drones russos que invadiram seu espaço aéreo na madrugada de quarta-feira, 10 de outubro, levando o governo a invocar o artigo 4 da OTAN. O incidente, que ocorreu durante um ataque russo à Ucrânia, intensificou as preocupações sobre a segurança na Europa.
O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, afirmou que a violação representa uma ameaça direta à integridade territorial do país. Durante a madrugada, foram registradas 19 incursões de drones, dos quais três foram abatidos. Um dos drones atingiu uma casa na região de Lublin, mas não houve feridos. Tusk destacou que a situação é “mais perigosa do que antes” e que a Polônia está preparada para responder a novas provocações.
Reações Internacionais
Líderes de diversos países europeus manifestaram apoio à Polônia. O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, classificou a violação como “inaceitável” e reafirmou o direito da Polônia de defender seu espaço aéreo. O presidente da Letônia, Edgars Rinkēvičs, e o ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide, também condenaram a ação russa, ressaltando a necessidade de uma resposta unificada entre os aliados.
A invocação do artigo 4 da OTAN permite consultas formais entre os membros da aliança quando a segurança de um país está ameaçada. O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, afirmou que a situação é “absolutamente imprudente” e que a aliança está pronta para responder a qualquer agressão. A última vez que o artigo 4 foi acionado foi em 2022, após a invasão da Ucrânia.
Implicações para a Segurança Europeia
O incidente marca uma escalada significativa nas tensões entre a OTAN e a Rússia. A Polônia, que já reforçou sua segurança desde o início do conflito na Ucrânia, agora busca estreitar laços com outros países da aliança. O governo polonês também convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir a violação.
A situação atual destaca a fragilidade da segurança na Europa Oriental e a necessidade de vigilância constante frente às ações russas. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, ciente de que a escalada do conflito pode ter consequências graves para a estabilidade regional e global.