- Chris Steele-Perkins, fotógrafo britânico-birmanês, faleceu no Japão aos 78 anos.
- Ele foi membro da Magnum Photos e o primeiro fotógrafo de cor a se tornar membro pleno da agência.
- Nascido em 1947 em Mianmar, mudou-se para o Reino Unido aos dois anos e destacou-se na fotografia a partir da década de 1970.
- Seu trabalho mais conhecido, *The Teds* (1979), abordou a subcultura dos Teddy Boys e as dinâmicas de classe no Reino Unido.
- Steele-Perkins também documentou crises humanitárias e produziu séries sobre a sociedade japonesa, recebendo reconhecimento tardio em exposições recentes.
Chris Steele-Perkins, fotógrafo britânico-birmanês e membro da Magnum Photos, faleceu no Japão aos 78 anos. Conhecido por sua representação da vida britânica e por ser o primeiro fotógrafo de cor a se tornar membro pleno da agência, sua obra deixou um legado significativo na fotografia contemporânea.
Nascido em 1947 em Mianmar, Steele-Perkins mudou-se para o Reino Unido aos dois anos. Ele se destacou na fotografia britânica a partir da década de 1970, com obras que capturaram a diversidade cultural e as complexidades da identidade britânica. Seu trabalho mais notável, *The Teds* (1979), explorou a subcultura dos Teddy Boys, refletindo sobre as dinâmicas de classe e cultura no Reino Unido.
Steele-Perkins também se destacou por sua abordagem única, focando em espaços frequentemente ignorados por outros fotógrafos. Uma de suas imagens mais icônicas, de 1978, retrata três mulheres negras dançando em um salão de Wolverhampton, capturando a alegria e a vitalidade de comunidades frequentemente sub-representadas.
Contribuições e Reconhecimento
Além de seu trabalho no Reino Unido, Steele-Perkins documentou crises humanitárias, como a fome na África nos anos 1980, e fez extensas coberturas no Afeganistão. Sua conexão pessoal com o Japão, onde viveu com a escritora Miyako Yamada, resultou em séries como *Fuji: Images of Contemporary Japan* (1997) e *Tokyo Love Hello* (2007), que exploraram a sociedade japonesa com um olhar íntimo.
Apesar de seu impacto, o reconhecimento de sua obra foi tardio. Exposições em instituições como a *Photographer’s Gallery* em 2019 e o *Irish Museum of Modern Art* em 2022 ajudaram a elevar seu perfil, mas sua presença na imaginação pública ainda era menos consolidada do que a de alguns colegas. Em tributo, Yamada destacou a bondade e sinceridade do olhar de Steele-Perkins, agradecendo a todos que apreciam sua fotografia.