- Um ataque aéreo da junta militar de Mianmar matou pelo menos 19 estudantes do ensino médio e feriu 22 em Rakhine.
- O incidente ocorreu em Kyauktaw, onde duas escolas particulares foram atingidas na madrugada de 13 de outubro.
- O Exército de Arakan, grupo armado opositor, denunciou o ataque e descreveu os estudantes como “inocentes”.
- Relatos indicam que bombas de aproximadamente 227 quilos foram lançadas sobre as escolas enquanto os alunos dormiam.
- O ataque gerou condenações internacionais, incluindo do Fundo das Nações Unidas para a Infância, que classificou o ato como cruel e destacou a grave situação humanitária na região.
Um ataque aéreo da junta militar de Mianmar resultou na morte de pelo menos 19 estudantes do ensino médio e feriu outros 22 no estado de Rakhine, no oeste do país. O incidente ocorreu em Kyauktaw, onde duas escolas particulares foram atingidas durante a madrugada de sexta-feira, 13 de outubro. O Exército de Arakan (AA), um dos principais grupos armados opositores à junta, denunciou o ataque em um comunicado.
Os estudantes, com idades entre 15 e 21 anos, foram descritos como “inocentes” pelo AA, que controla áreas significativas de Rakhine. O ataque aéreo, segundo relatos, envolveu o lançamento de bombas de aproximadamente 227 kg sobre as escolas enquanto os alunos dormiam. A junta militar não respondeu imediatamente a solicitações de comentários sobre o ocorrido.
Reações Internacionais
O ataque gerou condenações internacionais, incluindo uma declaração do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que classificou o ato como um “ataque cruel”. A organização destacou que a violência na região está se tornando cada vez mais devastadora, afetando diretamente crianças e famílias. A situação humanitária em Rakhine é alarmante, com 57% das famílias na região incapazes de atender às suas necessidades alimentares básicas, conforme dados da ONU.
A crescente violência em Mianmar, que se intensificou após o golpe de Estado em 2021, levanta preocupações sobre a segurança e os direitos humanos no país. A falta de acesso à informação em áreas afetadas dificulta a verificação de relatos e a assistência humanitária, exacerbando a crise.