- As forças armadas da Rússia e da Bielorrússia iniciaram as manobras Zapad 2025, com foco em armas nucleares.
- Os exercícios contam com a participação de cerca de 13 mil militares, número inferior aos 200 mil da edição anterior em 2021.
- A presença militar russa na Bielorrússia é debatida, com estimativas variando de 30 mil a 150 mil soldados.
- A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zajárova, afirmou que Moscou tomará “medidas técnico-militares adequadas” em resposta ao apoio da Dinamarca à Ucrânia.
- Drones russos violaram o espaço aéreo polonês, aumentando as tensões na região.
As forças armadas da Rússia e da Bielorrússia iniciaram, nesta sexta-feira, as manobras Zapad 2025, que se concentram no uso de armas nucleares. Os exercícios ocorrem em meio a um aumento das tensões entre Moscou e a União Europeia, especialmente após drones russos violarem o espaço aéreo polonês.
As manobras, que acontecem a cada quatro anos desde 2009, contam com a participação de cerca de 13.000 militares, uma quantidade inferior aos 200.000 da edição anterior em 2021. A presença militar russa na Bielorrússia, no entanto, é objeto de debate, com estimativas variando de 30.000 a 150.000 soldados. O foco principal dos exercícios é o missel balístico Oreshnik, projetado para atingir toda a União Europeia.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zajárova, reiterou que Moscou tomará as “medidas técnico-militares adequadas” para proteger seus interesses, especialmente em resposta ao apoio da Dinamarca a Kiev. Essa retórica não é nova; já em janeiro de 2024, Zajárova fez advertências semelhantes em relação à adesão da Suécia à OTAN.
Tensão Regional
As manobras ocorrem em um contexto de crescente tensão, com a Rússia frequentemente ameaçando países que apoiam a Ucrânia. O Kremlin já havia tentado intimidar a indústria militar europeia, como demonstrado em tentativas frustradas de assassinato de líderes do setor. Além disso, os drones que invadiram o espaço aéreo polonês estavam supostamente direcionados a uma base logística crucial para a ajuda militar à Ucrânia.
O Kremlin, por sua vez, minimiza as ameaças, afirmando que suas intenções são pacíficas. O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, declarou que as negociações com Kiev estão “em pausa” e que a guerra está longe de um desfecho. A situação permanece volátil, com a Rússia enfrentando desafios significativos em sua invasão da Ucrânia, enquanto continua a demonstrar sua capacidade militar nas fronteiras da União Europeia.