- A pressão dos Estados Unidos e da Europa sobre a Ucrânia para aceitar concessões territoriais tem aumentado no contexto da guerra com a Rússia.
- O presidente da Finlândia, Alexander Stubb, e o historiador Niall Ferguson mencionaram a “finlandização” como um modelo a ser seguido, mas a situação da Ucrânia é mais complexa.
- O armistício finlandês de 1944 resultou na cessão de 12% do território da Finlândia à União Soviética, mas essa comparação é questionável devido ao interesse estratégico da Rússia na Ucrânia.
- A Ucrânia deve manter um exército forte para garantir sua segurança, ao contrário da Finlândia, que não enfrentava a mesma pressão geopolítica.
- A demanda russa por territórios na Donbas deve ser rejeitada, pois comprometeria a capacidade defensiva da Ucrânia e poderia deixar o país vulnerável a futuras agressões.
A pressão dos EUA e da Europa sobre a Ucrânia para aceitar concessões territoriais no contexto da guerra com a Rússia tem aumentado. Recentemente, líderes como o presidente finlandês, Alexander Stubb, e o historiador Niall Ferguson mencionaram a “finlandização” como um modelo a ser seguido, mas a situação ucraniana é mais complexa.
O armistício finlandês de 1944, que resultou na cessão de 12% do território da Finlândia à União Soviética, é frequentemente citado como um exemplo positivo. No entanto, essa comparação é questionável. A Ucrânia é um país de interesse estratégico central para a Rússia, enquanto a Finlândia era considerada periférica. A atual guerra russa visa a conquista de Ucrânia, ao contrário do que ocorreu em 1944, quando a URSS buscava encerrar um conflito.
A Ucrânia deve manter um exército forte e bem armado para garantir a paz, diferentemente da Finlândia, que não enfrentava a mesma pressão geopolítica. A experiência finlandesa serve mais como um alerta do que como um modelo. A ceder território, a Ucrânia deve garantir que isso não seja reconhecido oficialmente, evitando a normalização de uma fronteira imposta pela força.
Além disso, a demanda russa por territórios na Donbas deve ser rejeitada, pois isso comprometeria a capacidade defensiva da Ucrânia. Exemplos históricos, como a divisão da Alemanha e da Coreia, mostram que um novo limite de fato pode ser estabelecido sem a necessidade de um reconhecimento formal.
A situação atual exige que a Ucrânia e seus aliados ocidentais considerem cuidadosamente as implicações de qualquer acordo de paz. A segurança da Ucrânia e de outros países europeus depende de um suporte robusto e contínuo, evitando um acordo que possa deixar a Ucrânia vulnerável a futuras agressões.