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Dramaturgo haitiano expressa desespero e incerteza sobre o futuro do país

O poeta haitiano Jean d'Amerique lança novos livros que retratam a crise no Haiti e se apresenta em várias cidades do Sudeste após o festival.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Poeta e dramaturgo haitiano Jean d´Amerique realiza leitura na igreja São João Evangelista durante o festival Artes Vertentes (Foto: Reprodução)
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  • O poeta haitiano Jean d’Amerique apresenta suas obras pela primeira vez no Brasil durante o festival Artes Vertentes, em Tiradentes, que vai até este domingo (21).
  • O evento reúne diversas manifestações artísticas, incluindo música, literatura, teatro e cinema.
  • D’Amerique lançou novos livros, como “Ópera Poeira” e “A Catedral dos Porcos”, que refletem a realidade caótica do Haiti, especialmente após o assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021.
  • Em “Ópera Poeira”, ele narra a história de Sanite Bélair, uma heroína revolucionária haitiana. A leitura cênica contou com a interpretação da cantora e atriz Juçara Marçal.
  • Após o festival, D’Amerique fará lançamentos em Belo Horizonte, Juiz de Fora e Rio de Janeiro, e expressou sua preocupação com a crescente violência no Haiti.

Durante o festival Artes Vertentes, em Tiradentes, o poeta haitiano Jean d’Amerique apresenta suas obras pela primeira vez no Brasil, trazendo à tona a realidade caótica do Haiti. O evento, que ocorre até este domingo (21), reúne diversas manifestações artísticas, como música, literatura, teatro e cinema.

A cidade mineira, com cerca de 7.000 habitantes, contrasta com Porto Príncipe, onde mais de 2,5 milhões vivem sob o domínio de gangues que controlam mais de 80% da capital haitiana, segundo a ONU. D’Amerique, que lançou novos livros durante o festival, utiliza sua arte para conectar essas duas realidades. Suas obras, como “Ópera Poeira” e “A Catedral dos Porcos”, abordam a turbulência política e social do Haiti, especialmente após o assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021.

Em “Ópera Poeira”, D’Amerique narra a história de Sanite Bélair, uma heroína revolucionária haitiana fuzilada em 1802. A leitura cênica da obra, realizada no sábado (13), contou com a interpretação da cantora e atriz Juçara Marçal. No último dia do festival, será apresentada “A Catedral dos Porcos”, com atuação de Artur Rogério.

O poeta, que se mudou para a França em 2019, continua a acompanhar a situação no Haiti. Em entrevista, D’Amerique expressou sua preocupação: “Não consigo, por ora, ver um futuro para o meu país. A violência está chegando ao topo”. Ele destacou que, apenas nos primeiros seis meses de 2023, quase 350 pessoas foram sequestradas no Haiti.

D’Amerique, que começou sua trajetória na literatura inspirado pelo hip-hop, também se apresentará ao lado do DJ francês Foltz durante o festival. Após o evento em Tiradentes, ele seguirá para um giro pelo Sudeste, com lançamentos programados em Belo Horizonte, Juiz de Fora e Rio de Janeiro.

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