- Israel realizou um ataque aéreo em Doha, capital do Catar, no dia 9 de setembro, visando líderes do Hamas.
- O bombardeio gerou condenações internacionais e reações de países árabes do Golfo, que discutem um tratado de defesa coletiva.
- O ataque ocorreu em meio a novos confrontos em Gaza, resultando na morte de mais de 20 palestinos.
- O primeiro-ministro do Catar afirmou que a ação “matou a última esperança” para os reféns israelenses.
- O Conselho de Cooperação do Golfo começou a discutir a criação de um tratado que consideraria um ataque a um membro como um ataque a todos.
Israel intensifica ataques ao Hamas e provoca reações no Golfo Pérsico
Israel lançou um ataque aéreo em Doha, capital do Catar, no dia 9 de setembro, visando líderes do Hamas. O ataque resultou em condenações globais e uma forte reação dos países árabes do Golfo, que discutem um tratado de defesa coletiva.
O bombardeio israelense ocorreu em meio a novos confrontos em Gaza, onde mais de 20 palestinos foram mortos. As autoridades israelenses alegam que a ação foi uma retaliação a um atentado em Jerusalém, reivindicado pelo Hamas, que deixou seis mortos. No entanto, a inteligência israelense admitiu que o ataque falhou em eliminar os líderes do Hamas presentes na reunião em Doha.
Reações internacionais e árabes
O ataque gerou uma onda de condenações, com governos europeus e potências, incluindo os Estados Unidos, classificando-o como uma violação da soberania do Catar. O primeiro-ministro do Catar afirmou que a ação “matou a última esperança” para os reféns israelenses. O Conselho de Segurança da ONU também se manifestou, embora a declaração não tenha caráter vinculativo.
Após o ataque, Mohammed bin Zayed, líder dos Emirados Árabes Unidos, visitou o Catar em sinal de apoio. Uma cúpula emergencial da Liga Árabe e da Organização de Cooperação Islâmica foi convocada, resultando em pedidos de sanções contra Israel. Contudo, a eficácia dessas ações é questionada, dada a diversidade de interesses entre os países árabes.
Possível formação de uma aliança no Golfo
O Conselho de Cooperação do Golfo, que inclui Catar, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Omã, Arábia Saudita e Kuwait, começou a discutir a criação de um tratado de defesa coletiva. Essa proposta sugere que um ataque a um membro do grupo seria considerado um ataque a todos. Embora os Emirados Árabes Unidos tenham laços com Israel, eles possuem influência suficiente para pressionar por mudanças em Washington.
A situação atual destaca a complexidade das relações no Oriente Médio, onde os ricos países árabes do Golfo são vistos como potenciais mediadores em um cenário de crescente tensão entre Israel e Hamas.