- A Rússia intensificou incursões aéreas em países europeus, como Estônia e Polônia, aumentando as tensões na região.
- Kaja Kallas, chefe da diplomacia da União Europeia, afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, busca desestabilizar a unidade europeia e semear medo.
- Recentemente, caças MiG-31K invadiram o espaço aéreo da Estônia, levando a OTAN a mobilizar jatos F-35 para interceptá-los.
- A União Europeia está preparando um novo pacote de sanções contra a Rússia e se comprometeu a punir países que burlam essas sanções.
- Kallas destacou a importância de um diálogo para a paz e pediu que o Brasil utilize seus canais com Moscou para promover negociações.
A Rússia intensificou suas incursões aéreas em países europeus, como Estônia e Polônia, aumentando as tensões na região. Kaja Kallas, chefe da diplomacia da União Europeia, afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, está testando a unidade europeia e tentando semear o medo nas sociedades ocidentais. Em entrevista, Kallas destacou que a Rússia busca desestabilizar a ajuda à Ucrânia.
Recentemente, três caças MiG-31K invadiram o espaço aéreo da Estônia, levando a OTAN a mobilizar jatos F-35 para interceptá-los. Dias antes, drones russos violaram o espaço aéreo polonês, provocando uma resposta da aliança militar. Kallas enfatizou que a resposta europeia deve ser firme, com a UE preparando um novo pacote de sanções contra a Rússia.
Sanções e Respostas
Kallas mencionou que a UE está comprometida em aplicar punições a países que burlam as sanções contra a Rússia, mas não incluiu o Brasil, um grande comprador de diesel russo, em possíveis retaliações. A diplomata ressaltou que a economia russa está enfrentando dificuldades, e as sanções têm um impacto real, privando o Kremlin de recursos financeiros para sustentar a guerra.
A chefe da diplomacia da UE também abordou a necessidade de um diálogo para a paz. “Os ucranianos claramente querem paz, os europeus querem paz, o Brasil quer paz. O único que não quer é a Rússia,” afirmou Kallas, pedindo que o Brasil utilize seus canais com Moscou para pressionar por negociações.
Ações da OTAN
Kallas destacou que a falta de uma resposta firme dos Estados Unidos pode encorajar novas provoc ações da Rússia. A Polônia e a Estônia já iniciaram discussões sobre o artigo 4 da OTAN, que trata de consultas internas em caso de ameaças. A diplomata expressou a necessidade de uma resposta mais robusta da aliança ocidental, afirmando que Putin está testando os limites da OTAN.
A situação na Ucrânia continua crítica, com a Rússia não demonstrando interesse em negociações. Kallas concluiu que é essencial manter a pressão sobre Moscou para que a paz seja uma possibilidade real.