- Arqueólogos israelenses descobriram 22 moedas de cobre com 1.600 anos em túneis subterrâneos de Hukok, na Galileia.
- As moedas foram escondidas durante a Revolta de Galo, que ocorreu entre 351 e 352 d.C.
- O achado inclui imagens dos imperadores Constâncio II e Constante I.
- Os túneis foram utilizados como refúgio por comunidades judaicas durante perseguições romanas.
- A descoberta será analisada em um estudo no periódico Israel Numismatic Research.
Arqueólogos israelenses descobriram 22 moedas de cobre com 1.600 anos em túneis subterrâneos de Hukok, na Galileia. O achado, revelado no último domingo (21), indica que as moedas foram escondidas durante a Revolta de Galo (351–352 d.C.), um evento pouco documentado na história judaica.
As moedas, que apresentam imagens dos imperadores Constâncio II e Constante I, foram encontradas em um poço escavado no final de um túnel estreito. Este local serviu como refúgio para comunidades judaicas durante períodos de perseguição pelo Império Romano. A descoberta será analisada em um estudo a ser publicado na próxima edição do periódico Israel Numismatic Research.
A Revolta de Galo é considerada a última grande insurreição judaica contra Roma na região. Diferente de revoltas anteriores, que foram amplamente documentadas, essa foi rapidamente suprimida com grande violência, resultando na destruição de várias cidades judaicas. A Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) destaca que os túneis de Hukok, originalmente escavados durante a Grande Revolta (66–70 d.C.) e reutilizados na Revolta de Bar-Kochba (132–135 d.C.), continuaram a ser utilizados como esconderijos séculos depois.
Os arqueólogos Uri Berger e Yinon Shivtiel afirmam que a descoberta das moedas evidencia a reutilização dos túneis em momentos de crise. Além de servirem como refúgios, os túneis permitiram que as comunidades mantivessem práticas religiosas longe da vigilância romana. A localização estratégica das moedas sugere que os guardiões do tesouro tinham esperança de retornar a ele após a crise.