- O desembargador Roberto Norris, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, foi afastado liminarmente pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) em 22 de setembro de 2025.
- A decisão ocorreu após três adiamentos no julgamento, fundamentada em denúncias de assédio moral e evidências de pressão no ambiente de trabalho.
- A sindicância revelou que Norris enfrentava acusações de assédio moral desde 2013, com alta rotatividade de servidores em seu gabinete e muitos casos de licenças médicas por problemas psiquiátricos.
- O ministro corregedor Vieira de Mello mencionou práticas de exposição vexatória e ameaças de difamação durante o julgamento.
- Norris nega as acusações e afirma que as denúncias são represálias por ter denunciado licenças médicas fraudulentas.
O desembargador Roberto Norris, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, foi afastado liminarmente de suas funções pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). A decisão, tomada nesta segunda-feira (22), ocorreu após três adiamentos no julgamento, que se baseou em denúncias de assédio moral e evidências de pressão no ambiente de trabalho.
A sindicância instaurada para investigar a conduta de Norris revelou que ele enfrentava acusações de assédio moral desde 2013. O ministro corregedor Vieira de Mello destacou a alta rotatividade de servidores em seu gabinete, com 40 funcionários diferentes em 13 anos, além de um número significativo de licenças médicas por problemas psiquiátricos. Relatos de medo de retaliação e pressão para não usufruir de licenças médicas também foram considerados.
Durante o julgamento, o corregedor mencionou práticas como exposição vexatória, superdimensionamento de erros e ameaças de difamação. Norris, que nega as acusações, afirmou que as denúncias são uma represália por ter denunciado licenças médicas fraudulentas.
Repercussão
A decisão do CSJT foi recebida com apoio por parte de representantes dos servidores. Ricardo Quiroga, vice-presidente do Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no Estado do Rio de Janeiro, elogiou a ação do conselho, afirmando que a medida é um passo importante no combate ao assédio moral. Ele ressaltou a necessidade de enfrentar o corporativismo que, segundo ele, atrasou a resolução do caso.
O afastamento de Norris marca um momento significativo na luta contra o assédio moral no ambiente de trabalho, refletindo um compromisso com as políticas estabelecidas pelo CNJ e pelo CSJT.