Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Neshat exibe em Paris ‘Aida’, obra que retrata a brutalidade da guerra

Shirin Neshat destaca a opressão e o sofrimento das mulheres em sua versão da ópera, refletindo conflitos atuais no Oriente Médio.

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Artista iraniana Shirin Neshat em uma sessão de fotos (Foto: Reprodução)
0:00 0:00
  • A artista iraniana-americana Shirin Neshat estreia sua versão da ópera “Aida” na Ópera de Paris.
  • A produção aborda a brutalidade da guerra e o sofrimento dos etíopes, refletindo conflitos atuais em Gaza e no Irã.
  • O elenco inclui a soprano Saioa Hernández como Aida, o tenor Piotr Beczała como Radamés e a mezzo-soprano Eve-Maud Hubeaux como Amneris, sob a direção musical de Michele Mariotti.
  • Neshat destaca que os etíopes, representados como “escravos”, têm um papel central na encenação, que não utiliza cenários faraônicos.
  • A artista filmou cenas de guerra em junho, coincidentemente no dia em que seu país foi atacado.

A artista iraniana-americana Shirin Neshat estreia sua versão da ópera “Aida” na Ópera de Paris, a partir de quarta-feira. A obra, que aborda a brutalidade da guerra e o sofrimento dos etíopes, reflete os conflitos atuais em Gaza e no Irã. Neshat, que vive exilada nos Estados Unidos, traz sua experiência em fotografia e cinema para o mundo da ópera, destacando a opressão e o fanatismo religioso.

A produção conta com um elenco de destaque, incluindo a soprano Saioa Hernández como Aida, o tenor Piotr Beczała como Radamés e a mezzo-soprano Eve-Maud Hubeaux como Amneris, sob a direção musical de Michele Mariotti. Neshat enfatiza que nesta versão, os etíopes, representados como “escravos”, têm um papel central, refletindo o sofrimento e a brutalidade da guerra.

“É isso que me parece mais relevante, na época em que vivemos,” afirma Neshat, referindo-se às situações de vulnerabilidade em Gaza e no Irã. A encenação não utiliza cenários faraônicos; os soldados aparecem em uniformes militares modernos e os sacerdotes lembram mullahs, criando um paralelo com a realidade contemporânea.

Durante a produção, Neshat filmou cenas de guerra em junho, coincidindo com ataques aéreos israelenses ao Irã. “Estávamos filmando cenas de guerra e meu próprio país foi atacado no mesmo dia,” relembra a artista, que já recebeu diversos prêmios internacionais, incluindo o Leão de Ouro na Bienal de Veneza. Com “Aida”, Neshat busca provocar uma reflexão sobre a opressão e a resiliência das mulheres em contextos de conflito.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais