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Palestinos no Oeste buscam soluções além do reconhecimento internacional

Reconhecimento da Palestina por países ocidentais enfrenta resistência de Israel, que intensifica assentamentos na Cisjordânia e nega a criação de um estado palestino

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Primeiro-ministro de Israel afirma que "não haverá estado palestino" (Foto: Reprodução)
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  • Vários países ocidentais, como Reino Unido, França e Canadá, reconheceram formalmente o Estado da Palestina na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
  • O reconhecimento gerou esperanças em Ramallah, mas muitos palestinos, como Diaa, expressam ceticismo e pedem soluções concretas para o sofrimento vivido.
  • O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou a ideia de um estado palestino, enquanto ultranacionalistas pedem a anexação da Cisjordânia.
  • Desde 1967, Israel construiu cerca de 160 assentamentos na Cisjordânia, onde vivem aproximadamente 700 mil israelenses, em contraste com cerca de 3,3 milhões de palestinos na região.
  • A situação em Gaza é crítica, com mais de 65 mil palestinos mortos e um custo estimado de R$ 45 bilhões para a reconstrução nos próximos dez anos.

Em Ramallah, a capital não oficial da Palestina, a recente reconhecimento do Estado da Palestina por vários países ocidentais na ONU gerou esperanças, mas também ceticismo. Diaa, um jovem de 23 anos, expressou que, apesar da importância do reconhecimento, o que realmente se busca são soluções concretas para o sofrimento vivido. A cidade, que abriga instituições governamentais e missões diplomáticas, ainda sonha com a possibilidade de Jerusalém Oriental como sua capital em um futuro estado palestino.

Na última semana, países como Reino Unido, França e Canadá formalizaram o reconhecimento da Palestina na Assembleia Geral da ONU. Kamal Daowd, um comerciante local, afirmou que, embora o reconhecimento seja um passo positivo, sem pressão internacional, isso não será suficiente. A resposta de Israel foi negativa, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reafirmando que não haverá um estado palestino e ultranacionalistas exigindo a anexação da Cisjordânia.

A Realidade no Terreno

Desde a ocupação de 1967, Israel construiu cerca de 160 assentamentos na Cisjordânia, abrigando aproximadamente 700 mil israelenses. Em contrapartida, cerca de 3,3 milhões de palestinos vivem sob essas condições. A situação se agravou após o ataque do Hamas em 2021, que resultou em um endurecimento do controle israelense na região. Operações militares e demolições de casas têm deslocado muitos palestinos, enquanto novos postos de controle dificultam a mobilidade.

A Autoridade Palestina enfrenta um cerco econômico prolongado, com Israel retendo receitas fiscais essenciais para o pagamento de salários. Sabri Saidam, membro sênior do Fatah, expressou que a comunidade internacional precisa agir para solidificar o reconhecimento da Palestina. No entanto, a administração dos EUA impediu a participação de mais de 80 oficiais palestinos na Assembleia da ONU, alegando que suas ações minam as perspectivas de paz.

Desafios e Esperanças

A devastação em Gaza é alarmante, com mais de 65 mil palestinos mortos e a maioria da população deslocada. O custo da reconstrução é estimado em mais de 45 bilhões de libras nos próximos dez anos. A frustração entre os palestinos é palpável, com muitos acreditando que o sonho de um estado independente se torna cada vez mais distante. Diaa resumiu o sentimento geral: a esperança está se esvaindo, e a luta por reconhecimento e direitos continua sem soluções à vista.

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