- Em 2009, Hillary Clinton e Serguei Lavrov tentaram reiniciar as relações EUA-Rússia, mas um erro de tradução transformou “reset” em “sobrecarga”.
- Recentemente, Donald Trump usou “reset” ao discutir negociações com a China, propondo um “reinício total” nas conversas.
- O novo embaixador dos EUA na China, David Perdue, busca normalizar as relações, em contraste com a postura anterior de competição.
- Perdue participou da recepção do 7 de Setembro na embaixada brasileira em Pequim, surpreendendo diplomatas após tensões entre os EUA e o Brasil.
- Uma delegação bipartidária do Congresso dos EUA visitou Pequim, a primeira em seis anos, para explorar caminhos de reaproximação.
Em 2009, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e o chanceler russo, Serguei Lavrov, tentaram reiniciar as relações entre os dois países com um gesto simbólico. Um erro de tradução transformou o termo “reset” em “sobrecarga”, refletindo a complexidade das relações internacionais. Esse episódio ressurge agora, quando os EUA buscam uma nova abordagem nas negociações com a China.
Recentemente, o presidente Donald Trump utilizou o termo “reset” ao descrever um “reinício total” nas conversas com a China, durante um encontro em Genebra. A comunicação entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, incluiu gestos de aproximação, contrastando com a postura anterior de competição. O novo embaixador dos EUA na China, David Perdue, tem como objetivo “normalizar” as relações, embora o significado exato dessa normalização ainda não esteja claro.
A presença de Perdue na recepção do 7 de Setembro na embaixada brasileira em Pequim surpreendeu diplomatas, especialmente após tensões entre os EUA e o Brasil. O novo embaixador adota uma postura mais pragmática em relação à China, em comparação com seu antecessor, Nicholas Burns, que era crítico da política chinesa. A mudança de tom é vista como uma tentativa de Washington de buscar uma acomodação com Pequim.
Analistas apontam que os sinais de Trump podem indicar um interesse em um “grande acordo” que estabeleça um novo modo de coexistência entre as superpotências. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou que o país não busca conflito ou mudança de regime na China, um tom considerado “sem precedentes” por Chad Sbragia, ex-número dois da Defesa. Enquanto isso, uma delegação bipartidária do Congresso dos EUA visitou Pequim, a primeira em seis anos, para explorar caminhos de reaproximação.