- A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, pediu desculpas a mulheres Inuit da Groenlândia por práticas de controle de natalidade forçado entre 1960 e 1991.
- O pedido ocorreu em uma cerimônia em Nuuk, onde a líder enfatizou a necessidade de reparação e reconciliação.
- Frederiksen reconheceu o trauma causado a cerca de 4.500 mulheres e adolescentes, que muitas vezes não deram consentimento para os procedimentos.
- Foi anunciado um fundo de indenização para as vítimas, mas detalhes sobre sua implementação ainda não foram divulgados.
- O pedido de desculpas é o terceiro desde setembro de 2022, refletindo um histórico de tensões entre a Dinamarca e a Groenlândia.
A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, pediu desculpas a mulheres Inuit da Groenlândia por práticas de controle de natalidade forçado entre 1960 e 1991. O pedido ocorreu em uma cerimônia em Nuuk, onde a líder destacou a necessidade de reparação e reconciliação.
Durante o evento, Frederiksen reconheceu o trauma causado por essas práticas, que afetaram cerca de 4.500 mulheres e adolescentes, muitas vezes sem seu consentimento. “Desculpe pela injustiça cometida contra vocês. Desculpe pelo que foi tirado e pela dor que isso causou”, afirmou a primeira-ministra. A prática envolveu a inserção de dispositivos intrauterinos como parte de uma campanha estatal para controlar o crescimento populacional entre os Inuit.
Fundo de Indenização
Frederiksen anunciou a criação de um fundo de indenização para as vítimas, embora detalhes sobre sua implementação ainda não tenham sido divulgados. A falta de informações concretas gerou descontentamento entre algumas mulheres presentes, que consideraram as promessas vazias. Um grupo de 143 mulheres já havia processado o governo dinamarquês, exigindo compensação pelo sofrimento causado.
A Dinamarca, que manteve controle sobre a saúde da Groenlândia até 1992, enfrenta um histórico de tensões com a ilha. O pedido de desculpas de Frederiksen é o terceiro desde setembro de 2022, quando ela se desculpou por experimentos sociais que afetaram crianças Inuit. A situação atual da Groenlândia, marcada por questões de autonomia e relações com os Estados Unidos, continua a exigir atenção e ações concretas.