- O Kremlin afirmou que a Rússia não tem alternativa a não ser continuar a guerra na Ucrânia, após o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à recuperação de territórios perdidos por Kiev.
- O porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, destacou que a operação militar é para garantir os interesses da Rússia e não há planos de cessar-fogo.
- Trump se encontrou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante a Assembleia Geral da ONU e declarou que a Ucrânia pode recuperar suas fronteiras originais com o auxílio da Europa e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
- O presidente americano mencionou dificuldades econômicas da Rússia, como a escassez de combustível, e disse que a guerra não engrandece o país.
- Zelensky elogiou a nova postura de Trump e indicou que os Estados Unidos poderiam oferecer garantias de segurança após o conflito, enquanto a Rússia continua a exigir a cessão de regiões ucranianas, incluindo a Crimeia.
O Kremlin reafirmou nesta quarta-feira que a Rússia não tem alternativa a não ser continuar a guerra na Ucrânia, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarar apoio à recuperação de territórios perdidos por Kiev. Em entrevista à rádio RBC, o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, enfatizou que a operação militar visa garantir os interesses da Rússia e que não há planos de cessar-fogo.
Trump surpreendeu ao se encontrar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante a Assembleia Geral da ONU. Em sua conta na rede social Truth Social, o republicano afirmou que a Ucrânia pode recuperar suas fronteiras originais com o apoio da Europa e da Otan. Essa mudança de postura é notável, considerando que Trump havia sido criticado por sua suposta simpatia por Moscou.
O presidente americano destacou que a Rússia enfrenta dificuldades econômicas, citando a escassez de combustível em postos de gasolina. Ele afirmou que a guerra, que já dura mais de três anos, não engrandece a Rússia, mas a faz parecer um “tigre de papel”. Peskov, por sua vez, rejeitou essa comparação, afirmando que a Rússia é mais como um urso, e que a economia do país mantém sua estabilidade.
Zelensky expressou surpresa com a nova posição de Trump, elogiando sua compreensão da situação. O líder ucraniano indicou que os Estados Unidos poderiam oferecer garantias de segurança após o fim do conflito, algo que até agora só foi prometido por aliados europeus. A mudança de tom de Trump ocorre em um contexto em que países europeus denunciam violações russas na fronteira Leste da Otan.
Enquanto isso, a Rússia continua a exigir a cessão de regiões ucranianas, incluindo a Crimeia, e se recusa a aceitar a presença de tropas ocidentais após um possível acordo de paz. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a necessidade de uma solução negociada para o conflito, ressaltando que não haverá solução militar. Lula se reunirá com Zelensky para discutir a guerra, que continua a ser um tema delicado nas relações internacionais.