- O Super Tufão Ragasa causou a ruptura de um lago de barreira em Hualien, Taiwan, resultando em inundações severas.
- Foram confirmadas 14 mortes, 32 feridos e 46 desaparecidos.
- A inundação liberou cerca de 91 milhões de toneladas de água, equivalente a 36 mil piscinas olímpicas.
- A evacuação de aproximadamente 7 mil pessoas não foi obrigatória, o que pode ter agravado a situação.
- Especialistas alertaram sobre o risco de transbordamento, mas a resposta das autoridades foi considerada inadequada.
Super Tufão Ragasa causa inundações devastadoras em Hualien, Taiwan
O Super Tufão Ragasa provocou a ruptura de um lago de barreira em Hualien, Taiwan, resultando em inundações catastróficas. Até o momento, foram confirmadas 14 mortes, 32 feridos e 46 desaparecidos. A falta de aviso prévio gerou críticas à resposta das autoridades.
A inundação ocorreu quando o lago de barreira, formado após deslizamentos de terra, liberou cerca de 91 milhões de toneladas de água. Essa quantidade é equivalente a 36 mil piscinas olímpicas. O impacto foi comparado ao de um tsunami, com a água alcançando até o segundo andar de algumas casas em Guangfu, a cidade mais afetada.
Sobreviventes relataram que não receberam avisos adequados antes da catástrofe. Um administrador de escola local mencionou que a água invadiu rapidamente a área, submergindo o campo esportivo em minutos. A evacuação de cerca de 7 mil pessoas foi realizada, mas não foi obrigatória, o que pode ter contribuído para a gravidade da situação.
O professor Chen Wen Shan, da Universidade Nacional de Taiwan, destacou que a comunidade acadêmica havia alertado sobre o risco de transbordamento do lago. No entanto, a resposta das autoridades foi considerada insuficiente. Muitos dos mortos eram idosos, que não conseguiram escapar a tempo.
Hualien, conhecida por sua vulnerabilidade a desastres naturais, já enfrentou 88 lagos de barreira desde a década de 1970. A região, que abriga uma grande população indígena, ainda se recupera de um terremoto devastador em 2024, que afetou severamente o turismo local.
Os moradores, como Awa, proprietária de uma livraria, tentam lidar com a perda e os danos. A loja, que preserva a história indígena, agora está coberta de lama. Awa expressou sua tristeza pela destruição, mas ressaltou que, pelo menos, ela e seu marido estão a salvo.