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ONU revela rede de repressão transnacional ligada ao regime de Ortega no exílio

Relatório aponta Pablo Antonio Robles Murillo como autor intelectual do assassinato, revelando vínculos com o exército nicaraguense e vigilância a exilados.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Rosario Murillo e Daniel Ortega posam para foto em evento em Managua, Nicaragua (Foto: Reprodução)
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  • O assassinato do major em retiro Roberto Samcam ocorreu em junho na Costa Rica, gerando preocupações sobre a segurança dos exilados nicaraguenses.
  • Um relatório recente apontou Pablo Antonio Robles Murillo como o suposto autor intelectual do crime, com ligações ao exército nicaraguense.
  • Robles Murillo, naturalizado costarriquenho, teria coordenado o assassinato e mantido contato com executores.
  • O Grupo de Especialistas em Direitos Humanos sobre Nicaragua revelou uma rede de vigilância que persegue opositores nicaraguenses no exterior.
  • As táticas de repressão incluem ameaças, assassinatos e vigilância digital, criando um clima de medo entre os exilados.

O assassinato do major em retiro Roberto Samcam, ocorrido em junho na Costa Rica, levantou sérias preocupações sobre a segurança dos exilados nicaraguenses. Um relatório recente identificou Pablo Antonio Robles Murillo como o suposto autor intelectual do crime, revelando vínculos com o exército nicaraguense e uma rede de vigilância que persegue opositores.

As investigações do Organismo de Investigação Judicial (OIJ) apontam que Robles Murillo, um nicaraguense naturalizado costarriquenho, manteve reuniões frequentes com a alta cúpula do exército de Nicaragua, leal ao governo de Daniel Ortega e Rosario Murillo. O relatório sugere que ele tem uma longa história de envolvimento com o sandinismo e foi treinado em técnicas de inteligência e assassinato na Rússia.

Além disso, o documento revela que Robles Murillo teria coordenado o assassinato de Samcam, mantendo contato com um intermediário que contratou os executores do crime. A investigação também confirmou que ele está em Nicaragua desde agosto, o que levanta questões sobre sua segurança e a de outros exilados.

Rede de Vigilância

O relatório do Grupo de Especialistas em Direitos Humanos sobre Nicaragua destaca a existência de uma complexa rede de vigilância que monitora nicaraguenses, mesmo fora do país. Essa rede, composta por órgãos como o exército, a polícia e grupos paramilitares, tem como objetivo hostigar e ameaçar opositores no exílio.

Os especialistas afirmam que essa estratégia de repressão transnacional tem gerado um clima de medo entre os exilados, que se sentem inseguros em países que deveriam oferecer abrigo. O relatório menciona casos de perseguições e assassinatos de opositores, como o de Rodolfo Rojas, que foi assassinado em Honduras após ser retirado da Costa Rica.

As práticas de vigilância incluem a interceptação de comunicações e o uso de “granjas de trolls” para atacar digitalmente jornalistas e defensores dos direitos humanos. Essa abordagem visa silenciar vozes críticas e eliminar a presença política da oposição no exterior.

Consequências da Perseguição

O regime de Ortega e Murillo tem sido acusado de violar os direitos dos nicaraguenses no exílio, utilizando táticas como a privação de nacionalidade e a perseguição a familiares. Essas ações têm resultado em situações de “morte civil” para muitos opositores, forçando-os a viver em condições precárias.

Os especialistas concluem que a repressão sistemática se configura como crimes de lesa humanidade, destacando a necessidade de uma resposta internacional a essa situação alarmante. A insegurança dos exilados nicaraguenses se torna cada vez mais evidente, reforçando a urgência de medidas de proteção e apoio a essas vítimas da perseguição política.

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