- O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu o fim dos ataques à flotilha humanitária que se dirige à Faixa de Gaza.
- A flotilha, com cinquenta e uma embarcações, partiu de Barcelona para romper o bloqueio israelense e entregar ajuda.
- Ativistas relataram ataques com drones enquanto navegavam perto da Grécia, mas não houve feridos.
- A ONU declarou estado de fome em Gaza, onde a população enfrenta uma grave crise humanitária.
- Itália e Espanha anunciaram apoio à flotilha, com a primeira-ministra italiana sugerindo entrega de ajuda em Chipre.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos solicitou nesta quarta-feira o fim dos ataques à flotilha humanitária que se dirige à Faixa de Gaza. A flotilha, composta por 51 embarcações, partiu de Barcelona com o objetivo de romper o bloqueio israelense e entregar ajuda a uma população em crise.
Os ativistas a bordo relataram que a flotilha já foi alvo de ataques com drones enquanto navegava nas proximidades da Grécia. O porta-voz do Alto Comissariado, Thameen Al Kheetan, pediu uma investigação independente sobre os incidentes, afirmando que “os ataques e as ameaças contra aqueles que tentam ajudar desafiam qualquer compreensão”.
Entre os ativistas estão figuras conhecidas, como a ambientalista sueca Greta Thunberg e o ativista brasileiro Thiago Ávila. A flotilha já havia tentado chegar a Gaza em junho e julho, mas foi bloqueada por Israel. O governo israelense reafirmou que não permitirá a entrada das embarcações, sugerindo que atracassem em Ashkelon, um porto israelense.
Ataques e Respostas
Os ativistas relataram explosões e bloqueios de comunicação em vários barcos, mas não houve feridos. O grupo Global Sumud denunciou que os ataques são parte de uma campanha de intimidação. A ativista alemã Yasemin Acar afirmou que cinco barcos foram atingidos e destacou que a flotilha leva apenas ajuda humanitária.
A ONU declarou estado de fome em Gaza, que enfrenta um bloqueio severo há quase dois anos, agravado pela guerra entre Israel e Hamas. A situação humanitária é crítica, com centenas de milhares de pessoas sofrendo de fome e desnutrição.
Apoio Internacional
Em resposta aos ataques, a Itália e a Espanha anunciaram o envio de embarcações para apoiar a flotilha. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, sugeriu que a ajuda fosse entregue em Chipre, onde a Igreja Católica local poderia distribuí-la. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, enviou um navio de guerra para proteger os cidadãos espanhóis a bordo.
A flotilha, determinada a prosseguir sua missão, continua a exigir proteção efetiva e escolta marítima de outras nações. A situação permanece tensa, com a comunidade internacional observando de perto os desdobramentos.