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Ex-presidente Nicolas Sarkozy é condenado na França

Justiça francesa condena Sarkozy a cinco anos de prisão por associação criminosa em financiamento ilegal de campanha.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Ex-presidente Nicolas Sarkozy é condenado na França a cinco anos de prisão por associação criminosa em caso de financiamento ilegal de campanha com dinheiro. Foto: © Maya Vidon/Agência EFE
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  • A Justiça da França condenou o ex-presidente Nicolas Sarkozy a cinco anos de prisão por associação criminosa no caso de suposto financiamento ilegal de sua campanha presidencial de 2007, com dinheiro do líder líbio Muammar Kadafi.
  • Sarkozy foi absolvido de acusações de corrupção passiva, financiamento ilegal de campanha e ocultação de desvio de verbas públicas.
  • Os ex-ministros Claude Guéant e Brice Hortefeux também foram condenados por associação criminosa.
  • Sarkozy permitiu que pessoas próximas a ele entrassem em contato com as autoridades líbias para obter apoio financeiro para sua campanha.
  • Sarkozy já havia sido condenado anteriormente por corrupção e tráfico de influência, perdendo sua medalha da Legião da Honra em junho de 2021.

Ex-presidente da França Nicolas Sarkozy é condenado a cinco anos de prisão

A Justiça da França condenou nesta quinta-feira, 25, o ex-presidente Nicolas Sarkozy a cinco anos de prisão por associação criminosa no caso de suposto financiamento ilegal de sua campanha presidencial de 2007, com dinheiro do então líder líbio Muammar Kadafi. Sarkozy foi absolvido de acusações de corrupção passiva, financiamento ilegal de campanha e ocultação de desvio de verbas públicas.

Sarkozy é absolvido de outras acusações

Os juízes determinaram que Sarkozy será preso mesmo se recorrer da decisão, mas ainda não definiram a data de sua prisão. O ex-presidente negou ter cometido irregularidades e afirmou que as acusações são “politicamente motivadas e baseadas em provas forjadas”.

Outros condenados

Os ex-ministros Claude Guéant e Brice Hortefeux também foram condenados por associação criminosa. O tribunal de Paris responsável pelo caso considerou que eles conspiraram para buscar financiamento da Líbia para a campanha de Sarkozy em 2007, mas que não era possível provar que o ex-presidente estava diretamente envolvido nessas ações ou que qualquer dinheiro líbio chegou a ser usado na disputa eleitoral, que terminou com a vitória do político conservador.

Sarkozy permitiu contatos com autoridades líbias

O juiz principal disse que Sarkozy permitiu que pessoas próximas a ele entrassem em contato com as autoridades líbias “para obter ou tentar obter apoio financeiro na Líbia com o propósito de garantir financiamento de campanha”. Sarkozy compareceu ao tribunal de Paris acompanhado da esposa, Carla Bruni-Sarkozy, e de seus três filhos.

Histórico de condenações

Em junho deste ano, o conservador perdeu sua medalha da Legião da Honra, a maior condecoração da França, após sua condenação por corrupção e tráfico de influência por tentar subornar um juiz, em 2014, em troca de informações sobre um caso no qual ele era citado. Sarkozy também já foi condenado a um ano de prisão por financiamento ilegal de campanha em sua tentativa fracassada de reeleição em 2012, mas recorreu e aguarda o julgamento do recurso.

Início das investigações

Em 2011, uma agência de notícias da Líbia e o próprio Kadafi afirmaram que o país havia secretamente destinado milhões de euros para a campanha de Sarkozy em 2007. O líder líbio foi morto pouco tempo depois, ainda em 2011, durante a Primavera Árabe, após mais de quatro décadas no poder. No ano seguinte, o jornal Mediapart publicou um documento que afirmava ser um memorando do governo da Líbia que tratava sobre um acordo de financiamento de 50 milhões de euros (cerca de R$ milhões na cotação atual). Na época, Sarkozy disse que o material era falso e processou o Mediapart por difamação. Já nesta quinta-feira, os juízes decidiram que é “mais provável que este documento seja uma falsificação”.

Testemunhas e mudanças de depoimento

O tribunal também analisou viagens que o ex-presidente fez à Líbia entre 2005 e 2007, quando ainda era ministro do Interior. Em 2016, o empresário franco-libanês Ziad Takieddine disse ao Mediapart que havia entregue malas cheias de dinheiro líbio ao Ministério do Interior da França durante o governo de Sarkozy. No entanto, algum tempo depois, ele se retratou. A mudança na afirmação de Takieddine é investigada separadamente, porque Sarkozy e sua esposa também são acusados de tentar manipular testemunhas, em um caso que ainda não foi a julgamento. Takieddine morreu na última terça-feira, 23.

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