- O Afeganistão enfrenta um apagão sem precedentes nas telecomunicações, com a rede de fibra óptica cortada em todo o país. Este bloqueio, ordenado pelo Talibã, resultou em uma queda de mais de 99% na conectividade, afetando serviços de internet e telefonia móvel.
- A medida, anunciada como uma tentativa de “prevenir a imoralidade”, tem causado um impacto severo na vida econômica e social do país. A falta de comunicação está paralisando os negócios e deixando a população praticamente desconectada do mundo exterior.
- Analistas e grupos de direitos humanos criticam a medida. Fereshta Abbasi, pesquisadora da Human Rights Watch, afirmou que o corte do acesso à internet está privando milhões de afegãos de seus meios de subsistência e direitos fundamentais, como educação, saúde e acesso à informação.
- A Missão das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) alertou que a desconexão “arrisca infligir danos significativos ao povo afegão, incluindo ameaçar a estabilidade econômica e exacerbar uma das piores crises humanitárias do mundo”.
- O governo do Talibã prometeu implementar alternativas para atender às necessidades de conectividade em todo o país. No entanto, a falta de detalhes sobre como isso será feito deixa muitas questões em aberto.
Afeganistão vive segundo dia de apagão nas telecomunicações
O Afeganistão enfrenta um apagão sem precedentes nas telecomunicações, com a rede de fibra óptica cortada em todo o país. Este bloqueio, ordenado pelo Talibã, resultou em uma queda de mais de 99% na conectividade, afetando serviços de internet e telefonia móvel. A medida, anunciada como uma tentativa de “prevenir a imoralidade”, tem causado um impacto severo na vida econômica e social do país.
Impacto econômico e social
A falta de comunicação está paralisando os negócios e deixando a população praticamente desconectada do mundo exterior. “Estamos cegos sem telefones e internet”, disse Najibullah, um empresário de 42 anos em Cabul. “Todo o nosso negócio depende de celulares. As entregas são feitas por celulares. É como um feriado; todos estão em casa. O mercado está totalmente congelado.”
Reações e preocupações
Analistas e grupos de direitos humanos criticam a medida. Fereshta Abbasi, pesquisadora da Human Rights Watch, afirmou que o corte do acesso à internet está privando milhões de afegãos de seus meios de subsistência e direitos fundamentais, como educação, saúde e acesso à informação. “O Talibã”, disse ela, “deve abandonar suas desculpas sobre moralidade e, em vez disso, focar em como esses desligamentos estão causando danos irreversíveis.”
A Missão das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) alertou que a desconexão “arrisca infligir danos significativos ao povo afegão, incluindo ameaçar a estabilidade econômica e exacerbar uma das piores crises humanitárias do mundo”.
Contexto histórico
Desde que o Talibã retomou o controle do Afeganistão em 2021, o governo tem implementado restrições progressivas ao acesso à internet. Essas medidas visam, segundo o regime, prevenir a “imoralidade” e foram intensificadas recentemente. Este é o primeiro evento desse tipo desde que o Talibã assumiu o poder.
Desdobramentos
O líder do Talibã, Hibatullah Akhundzada, ordenou o corte da rede de fibra óptica, afetando também as linhas telefônicas. O governo não ofereceu explicações imediatas para o apagão, embora tenha expressado preocupação com a pornografia online. O bloqueio tem causado um impacto severo em setores como bancos e alfândegas, que dependem de comunicações estáveis.
Declarações oficiais
Um porta-voz do governo afirmou que o corte da rede de fibra óptica afetaria “oito a nove mil pilares de telecomunicações” e duraria “até novo aviso”. O Talibã prometeu implementar alternativas para atender às necessidades de conectividade em todo o país.
Consequências
A falta de comunicação está paralisando os negócios e deixando a população praticamente desconectada do mundo exterior. “Estamos cegos sem telefones e internet”, disse Najibullah, um empresário de 42 anos em Cabul. “Todo o nosso negócio depende de celulares. As entregas são feitas por celulares. É como um feriado; todos estão em casa. O mercado está totalmente congelado.”
Reações internacionais
A ONU e grupos de direitos humanos expressaram preocupação com o impacto da medida. A UNAMA alertou que a desconexão “arrisca infligir danos significativos ao povo afegão, incluindo ameaçar a estabilidade econômica e exacerbar uma das piores crises humanitárias do mundo”. Fereshta Abbasi, da Human Rights Watch, afirmou que o corte do acesso à internet está privando milhões de afegãos de seus meios de subsistência e direitos fundamentais, como educação, saúde e acesso à informação.
Desdobramentos futuros
O governo do Talibã prometeu implementar alternativas para atender às necessidades de conectividade em todo o país. No entanto, a falta de detalhes sobre como isso será feito deixa muitas questões em aberto. A comunidade internacional continua observando de perto a situação, preocupada com as consequências humanitárias e econômicas do apagão nas telecomunicações.