- Desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023, Israel realiza uma campanha militar que resultou em 66 mil mortes e uma grave crise humanitária. A situação gerou mobilização internacional em apoio aos palestinos.
- O fotógrafo e curador Shahidul Alam participa da flotilha Thousand Madleens, que partiu da Itália no dia 1º de outubro. O grupo, atualmente em águas internacionais, conta com 92 civis de 26 países, incluindo Israel, muitos dos quais são profissionais da saúde e das artes.
- Alam, a bordo do barco Conscience, afirma que a flotilha busca desafiar o cerco a Gaza e expressar solidariedade com os artistas palestinos. O grupo leva suprimentos, mas seu principal objetivo é contestar a legalidade do bloqueio.
- Outras iniciativas, como a Global Sumud Flotilla, também tentam levar ajuda a Gaza. A situação é crítica, com 640 mil pessoas enfrentando fome considerada “artificial” por especialistas da ONU. O bloqueio israelense impede a entrada de alimentos e assistência médica.
- Alam representa o Palestinian Arts and Culture Solidarity Collective (PACSOC) e destaca o crescimento da resposta da comunidade artística global. Apesar dos riscos, ele se sente fortalecido pela solidariedade recebida e pela urgência da situação em Gaza.
Desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023, Israel tem realizado uma intensa campanha militar, resultando em 66 mil mortes e uma grave crise humanitária. A situação gerou uma mobilização internacional em apoio aos palestinos, com diversos grupos e indivíduos buscando formas de ajudar.
Recentemente, o fotógrafo e curador Shahidul Alam se juntou à flotilha Thousand Madleens, que partiu da Itália no dia 1º de outubro. O grupo, atualmente em águas internacionais, é composto por 92 civis de 26 países, incluindo Israel, muitos dos quais são profissionais da saúde e das artes. Alam, a bordo do barco Conscience, descreve a embarcação como a maior a tentar romper o cerco de Gaza desde o início do conflito.
Alam enfatiza a urgência de desafiar o cerco a Gaza, afirmando que a flotilha representa uma demonstração de solidariedade com os artistas palestinos. Ele menciona que o grupo também leva suprimentos, mas seu objetivo principal é contestar a legalidade do bloqueio. “Quando governos apenas fazem declarações vazias sobre os horrores em Gaza, o poder popular prevalecerá”, destaca.
Mobilização da Comunidade Artística
A flotilha não é um evento isolado. Outras iniciativas, como a Global Sumud Flotilla, também tentam levar ajuda a Gaza. Greta Thunberg foi detida durante uma dessas tentativas. A situação em Gaza é crítica, com 640 mil pessoas enfrentando uma fome considerada “artificial” por especialistas da ONU. O bloqueio israelense impede a entrada de alimentos e assistência médica, enquanto 223 jornalistas palestinos foram mortos.
Alam, representando o Palestinian Arts and Culture Solidarity Collective (PACSOC), ressalta a importância de dar visibilidade à luta dos criativos palestinos. Ele observa que a resposta da comunidade artística global tem crescido, e que a mobilização em torno da flotilha está ajudando a mudar essa dinâmica. “O apoio que recebo do meu país tem sido fenomenal”, afirma.
Com 70 anos e sobrevivente de tortura, Alam sabe que os riscos são altos. No entanto, ele se sente fortalecido pela solidariedade que está recebendo e pela urgência da situação em Gaza. “O risco que enfrento é pequeno comparado ao que os gazanos estão passando”, conclui.