- O pastor James Audu Issa, líder da Igreja Evangélica Winning All (ECWA), foi assassinado em Ekati, Kwara, Nigéria, após sequestro e resgate de 5 milhões de nairas; o corpo foi encontrado no dia 2 de outubro, e o crime é atribuído a milícias Fulani.
- Os sequestradores levaram Issa de sua residência na comunidade religiosa; inicialmente exigiram 100 milhões de nairas, valor que foi reduzido após negociações, mas houve o resultado fatal mesmo assim.
- O ataque evidencia a violência anticristã no país e a impunidade associada a ataques a comunidades cristãs, conforme relatos locais.
- A violência religiosa na Nigéria tem se intensificado, com grupos extremistas atuando de forma semelhante a organizações jihadistas; o Parlamento britânico já alertou sobre facções Fulani com o objetivo de atacar cristãos, e a Lista Mundial da Perseguição 2025 aponta a Nigéria como o país mais letal para cristãos (3.100 mortes, cerca de 69% do total global).
- Organizações de direitos humanos e liberdade religiosa cobram respostas efetivas do governo nigeriano, enquanto cristãos continuam sob risco, apenas pelo exercício da fé.
O assassinato do pastor James Audu Issa, ocorrido na região de Ekati, no estado de Kwara, na Nigéria, expõe a crescente violência anticristã no país. O pastor, líder da Igreja Evangélica Winning All (ECWA), foi sequestrado e, mesmo após o pagamento de um resgate de 5 milhões de nairas (aproximadamente US$ 3.125), foi encontrado morto no dia 2 de outubro. O crime, atribuído a milícias Fulani, destaca a impunidade que permeia os ataques a comunidades cristãs.
Issa foi levado de sua residência em um complexo da igreja e, segundo relatos, os sequestradores inicialmente exigiram 100 milhões de nairas. Após negociações, o valor foi reduzido, mas, mesmo assim, os criminosos não hesitaram em tirar a vida do pastor. Peter Kolo, morador local, descreveu a situação como uma “crueldade sem limites”, enfatizando que Issa era um homem pacífico.
Contexto da Violência
A violência religiosa na Nigéria tem se intensificado, com grupos extremistas adotando táticas similares às de organizações jihadistas, como Boko Haram. Um relatório do Parlamento Britânico já havia alertado que facções radicais do povo Fulani têm o objetivo de atacar cristãos e destruir símbolos da fé. A Lista Mundial da Perseguição 2025 aponta a Nigéria como o país mais letal para cristãos, com 3.100 mortes registradas, representando cerca de 69% do total global.
A insegurança nas regiões do norte da Nigéria é alarmante, com o governo tendo controle limitado. Nesse cenário, os cristãos são frequentemente alvos de sequestros, violência e execuções. Novos grupos jihadistas, como o Lakurawa, afiliado à Al-Qaeda, estão ampliando a violência, aumentando o temor entre as comunidades cristãs.
Chamado à Ação
O assassinato de James Audu Issa é um lembrete trágico da realidade enfrentada pelos cristãos na Nigéria. Organizações de direitos humanos e liberdade religiosa continuam a pressionar a comunidade internacional para que exija respostas efetivas do governo nigeriano. Enquanto isso, os cristãos permanecem sob constante risco, apenas por exercerem sua fé.