- Brasil assumiu a presidência global da Parceria para o Governo Aberto (OGP) na cúpula realizada na Espanha, de 6 a 10 de outubro, para coordenar ações de transparência, integridade e participação social; o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius de Carvalho, representou o país.
- O Brasil é país fundador da OGP, criada em 2011 com os Estados Unidos.
- Em 2024, o Índice de Percepção da Corrupção (IPC) chegou a 34 pontos, a pior nota da história, colocando o país na 107.ª posição entre 180 nações.
- Transparência Internacional atribui a queda ao enfraquecimento de políticas anticorrupção, maior influência do crime organizado nas instituições e críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de falta de transparência em projetos como o Novo PAC e negativas de pedidos de acesso à informação.
- A Controladoria-Geral da União reiterou o compromisso com a integridade pública, ressaltando que países que expõem casos de corrupção costumam ter avaliações desfavoráveis; com a nova presidência da OGP, espera-se fortalecer a liderança internacional do Brasil em democracia participativa e governança aberta.
O Brasil, que enfrenta desafios significativos em transparência, assumiu a presidência global da Parceria para o Governo Aberto (OGP) durante a cúpula realizada na Espanha entre os dias 6 e 10 de outubro. A iniciativa visa promover a transparência, o acesso à informação e a participação social. O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho, representou o país no evento.
Apesar de ser membro fundador da OGP e ter contribuído para sua criação ao lado dos Estados Unidos em 2011, o Brasil registrou em 2024 a pior nota da sua história no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), com apenas 34 pontos em uma escala de 0 a 100. Essa pontuação posicionou o país na 107ª colocação entre 180 nações, refletindo um retrocesso em relação ao ano anterior.
Desafios e Críticas
A Transparência Internacional atribui essa queda a um enfraquecimento das políticas anticorrupção e à crescente influência do crime organizado nas instituições públicas. O relatório destacou a falta de ação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação a medidas anticorrupção e a falta de transparência em projetos como o Novo PAC. Além disso, a organização criticou a negativa de pedidos de acesso à informação por parte de autoridades.
A Controladoria-Geral da União, em resposta ao índice, reafirmou seu compromisso com a integridade pública, mas apontou que países que expõem casos de corrupção frequentemente enfrentam avaliações desfavoráveis. Com a nova presidência da OGP, espera-se que o Brasil busque reforçar sua liderança internacional no debate sobre democracia participativa e práticas de governança aberta.