- Protestos iniciados em 25 de setembro em Madagascar evoluíram para crise política, com jovens exigindo fim do racionamento de água e energia e a renúncia do presidente Andry Rajoelina.
- A unidade Capsat (unidade militar) anunciou tomada de controle do exército, alegando resposta a uma tentativa de golpe. Confrontos violentos já provocaram mortes; a Organização das Nações Unidas (ONU) aponta pelo menos vinte e duas vítimas.
- O presidente Andry Rajoelina afirmou estar no comando e chamou a ação de sequestro de poder. A nova primeira-ministra Ruphin Fortunat Zafisambo disse que o governo está aberto ao diálogo com grupos, incluindo jovens e a própria unidade militar.
- O clima permanece tenso em Antananarivo, com multidões se mobilizando em apoio aos militares.
- Capsat já apoiou Rajoelina em 2009; o cenário atual é visto como complexo, com ativistas questionando a real representação dos interesses do povo. Madagascar tem PIB per capita de US$ 545 e enfrenta altos índices de corrupção, enquanto a comunidade internacional acompanha os desdobramentos.
Protestos em Madagascar, iniciados em 25 de setembro, escalaram para uma crise política significativa. Jovens manifestantes exigem o fim do racionamento de água e energia, além da renúncia do presidente Andry Rajoelina. As manifestações, que começaram de forma pacífica, rapidamente se transformaram em um clamor por mudanças políticas e combate à corrupção.
Recentemente, a situação se intensificou com a intervenção da unidade militar Capsat, que anunciou a tomada do controle do exército. Em um comunicado, os soldados alegaram que estavam respondendo a uma tentativa de golpe. Confrontos violentos já resultaram em mortes, com a ONU relatando pelo menos 22 vítimas desde o início dos protestos.
Reação do Governo
O presidente Rajoelina afirmou que está no comando da nação e denunciou a ação militar como uma tentativa de sequestro de poder. A nova primeira-ministra, Ruphin Fortunat Zafisambo, declarou que o governo está aberto ao diálogo com todos os grupos, incluindo os jovens e a própria unidade militar. Contudo, o clima de tensão persiste nas ruas de Antananarivo, onde multidões se mobilizam em apoio aos militares.
Contexto Histórico
A unidade Capsat é conhecida por ter apoiado Rajoelina em um golpe em 2009. Agora, a situação se torna complexa, com muitos manifestantes expressando preocupações sobre a real intenção dos militares. Alguns ativistas rotularam a intervenção como perigosa, levantando dúvidas sobre a verdadeira representação dos interesses do povo.
Madagascar, um dos países mais pobres do mundo, enfrenta um cenário desafiador, com um PIB per capita de apenas US$ 545 e uma alta taxa de corrupção. A pressão popular continua a crescer, enquanto a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos da crise.