- Lula, em Roma no dia 13 de outubro, reiterou a prioridade aos vulneráveis nas políticas econômicas globais e destacou o papel do Brasil na luta contra a fome e a pobreza, em dois eventos promovidos pela FAO.
- Ele afirmou que são necessários recursos financeiros concretos para transformar promessas em ações e que, sem esses recursos, não haverá transformação; o presidente também mencionou a ideia de incluir os pobres no orçamento e de alinhar a arquitetura fiscal aos investimentos sociais.
- Lula antecipou o lançamento de uma Declaração sobre Fome, Pobreza e Clima durante a COP30, em Belém.
- Em seus discursos, o presidente associou a fome global a guerras e protecionismo, criticou a paralisia institucional multilateral e destacou a atuação do Brasil em causas internacionais (Palestina, Haiti, Zâmbia, Quênia, Etiópia e Ruanda).
- O contexto inclui a saída do Brasil do Mapa da Fome da FAO, atribuindo a conquista a políticas de transferência de renda, fortalecimento da agricultura familiar e valorização do salário mínimo; a agenda em Roma também teve um encontro com o papa Leão XIV, que prometeu rezar pelo Brasil e enviar representantes à COP30.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou, nesta segunda-feira, 13 de outubro, a importância de priorizar os mais vulneráveis nas políticas econômicas globais. Durante sua participação em dois eventos em Roma, o líder brasileiro destacou o papel do Brasil na luta contra a fome e a pobreza.
Lula discursou na reunião do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, e na abertura do Fórum Mundial da Alimentação, ambos promovidos pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Ele enfatizou a necessidade de recursos financeiros concretos para transformar promessas em ações efetivas, afirmando que “sem recursos financeiros não haverá transformação”.
O presidente anunciou que pretende incluir os pobres no orçamento e alinhar a arquitetura fiscal aos investimentos sociais. Além disso, Lula planeja lançar uma Declaração sobre Fome, Pobreza e Clima durante a COP30, em Belém (PA). Em seu discurso, ele associou a fome global a conflitos armados e criticou o protecionismo dos países ricos, afirmando que “a fome é irmã da guerra”, seja por meio de armas ou tarifas.
Críticas à Paralisia Multilateral
Lula também criticou a ineficácia das instituições multilaterais. Ele defendeu que esses organismos devem retomar o compromisso com o desenvolvimento e a justiça social. O Brasil, segundo o presidente, tem atuado em projetos de combate à fome em diversas nações, incluindo Palestina, Haiti, Zâmbia, Quênia, Etiópia e Ruanda.
Os discursos de Lula ocorreram em um contexto positivo, com o Brasil saindo do Mapa da Fome da FAO, com menos de 2,5% da população em risco de subnutrição. O presidente atribuiu essa conquista a políticas de transferência de renda, fortalecimento da agricultura familiar e valorização do salário mínimo. A agenda em Roma ainda incluiu um encontro com o papa Leão XIV, que prometeu rezar pelo Brasil e enviar representantes à COP30.