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Haddad pede ao FMI taxação de super-ricos e transição verde

Haddad propõe taxação global dos super-ricos para financiar a crise climática e reduzir a desigualdade, via carta na reunião do FMI e Banco Mundial em Washington

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Edu Andrade/MF
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  • Fernando Haddad apresentou, em carta divulgada na reunião anual de 2025 do FMI e do Banco Mundial em Washington, uma taxação global sobre os super-ricos e uma reforma tributária internacional progressiva, com nova globalização baseada em critérios socioambientais.
  • O documento defende reduzir desigualdade e evasão fiscal, financiando ações de combate à crise climática e integrando metas de sustentabilidade ao Plano de Transformação Ecológica brasileiro.
  • Haddad classifica a desigualdade e a evasão fiscal como falhas estruturais que ameaçam a estabilidade econômica global, defendendo contribuição mais justa dos super-ricos e revisão de isenções fiscais ineficientes.
  • O texto critica medidas unilaterais e protecionistas, defendendo uma globalização inclusiva e reformas na governança do FMI para ampliar representatividade de países em desenvolvimento e aumentar a transparência das avaliações do fundo.
  • Em relação a política interna, o Banco Central manteria o controle da inflação, com previsão de crescimento de 2,4% em 2025, meta fiscal de 0,25% do PIB em 2026 e meta de 1,25% em 2029, além de reformas estruturais no FMI para fortalecer multilateralismo e justiça tributária.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou uma proposta de taxação global sobre os super-ricos em uma carta divulgada na reunião anual de 2025 do FMI e do Banco Mundial, realizada em Washington. O documento defende uma reforma tributária internacional progressiva e uma nova globalização que priorize critérios socioambientais. A iniciativa visa financiar o combate à crise climática e reduzir a desigualdade social.

Na carta, Haddad classifica a desigualdade e a evasão fiscal como falhas estruturais que ameaçam a estabilidade econômica global. Para ele, é fundamental que os super-ricos contribuam de forma justa com impostos. O governo brasileiro propõe uma política fiscal centrada na justiça social, com revisão de isenções fiscais ineficientes e a integração de metas de sustentabilidade ao Plano de Transformação Ecológica.

Justiça Fiscal e Multilateralismo

O documento também critica o avanço de medidas unilaterais e protecionistas que, segundo Haddad, aumentam a incerteza e comprometem o crescimento global. O Brasil defende a construção de uma nova globalização voltada para a inclusão social e a sustentabilidade, além de reformas na governança do FMI. O objetivo é garantir maior representatividade para países em desenvolvimento e aumentar a transparência nas avaliações do fundo.

Em termos de política interna, a carta reafirma o compromisso do Banco Central com o controle da inflação, mesmo com a taxa de juros em níveis elevados. O governo projeta um crescimento de 2,4% para 2025, com redução do desemprego e da desigualdade. A meta fiscal é alcançar um superávit primário de 0,25% do PIB em 2026, aumentando gradualmente até 1,25% em 2029.

Reformas Estruturais

Por fim, Haddad enfatiza a necessidade de reformas estruturais no FMI, que devem incluir a preservação da independência analítica da instituição. O fortalecimento do multilateralismo e a justiça tributária são considerados condições essenciais para uma economia global mais verde e inclusiva. O documento destaca que a economia global enfrenta desafios significativos, como inflação persistente e a iminente crise climática.

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