- O governo francês, liderado pelo primeiro-ministro Sébastien Lecornu, superou a primeira moção de censura na Assembleia Nacional com 271 votos a favor, contando com apoio dos socialistas; a segunda moção, apresentada pela ultradireita Reagrupamento Nacional (RN), não prosperou.
- A votação ocorreu em 16 de outubro, marcando um teste de resistência para Lecornu, que contou com o apoio crucial dos socialistas após concordar em suspender a reforma da previdência.
- O debate manteve o foco na continuidade do governo e na necessidade de diálogo, com Lecornu destacando o “ordem republicano” e questionando se os deputados preferiam manter o processo de debates ou enfrentar instabilidade política.
- A primeira moção, apresentada pela La France insoumise (LFI), ficou a 18 votos de aprovação; a segunda, do RN, recebeu 144 votos, ficando sem chances de sucesso, pois a LFI já havia sinalizado não apoiar.
- Na oposição, Marine Le Pen criticou o governo, avisando sobre um possível “ano negro” caso Lecornu permaneça no poder, e chamou o orçamento de um “museu de horrores acumulados”, sinalizando novas dificuldades políticas nos próximos meses.
O governo francês, sob a liderança do primeiro-ministro Sébastien Lecornu, superou nesta quinta-feira, 16 de outubro, a primeira de duas moções de censura apresentadas por partidos da oposição. A votação na Assembleia Nacional resultou em 271 votos a favor da manutenção do governo, com apoio crucial dos socialistas. A segunda moção, proposta pela ultradireita, não obteve o mesmo sucesso, reforçando a posição do Executivo.
A sessão, que era considerada um dos momentos mais críticos da legislatura, transformou-se em um teste de resistência para Lecornu. O apoio dos socialistas foi decisivo, especialmente após o primeiro-ministro concordar em suspender a reforma da previdência, uma das principais demandas da oposição. Durante o debate, Lecornu enfatizou a importância do diálogo e do “ordem republicano”, questionando se os deputados preferiam a continuidade dos debates ou a instabilidade política.
Resultados das Votações
A primeira moção, apresentada pela La França Insumisa (LFI), ficou a 18 votos de ser aprovada, enquanto a segunda, do Reagrupamento Nacional (RN), recebeu apenas 144 votos. Essa última tinha menos chances de sucesso, já que a LFI havia anunciado que não apoiaria.
O clima na Assembleia foi tenso, com debates acalorados. Lecornu, ao defender sua posição, afirmou que a história julgaria severamente as ações da oposição. O deputado socialista Laurent Baumel destacou que a decisão de não apoiar a moção não representava um pacto, mas reconheceu a concessão feita pelo governo como um avanço real.
Reações da Oposição
A líder do RN, Marine Le Pen, criticou o governo, alertando para um “ano negro” se Lecornu continuar no poder. Ela afirmou que o orçamento apresentado é um “museu de horrores acumulados” e expressou a expectativa de uma dissolução do governo em breve. A situação política na França continua em ebulição, com as próximas semanas prometendo novos desafios para o governo.