Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Usina nuclear de Zaporizhzhia é reconectada à energia externa vinda da Ucrânia

Usina de Zaporizhzhia reconectou-se à rede externa em 7 de outubro, encerrando mês de dependência de geradores após cessar-fogo mediado pela IAEA

Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
A Russian service member at a checkpoint near the Zaporizhzhia nuclear power plant in 2023. Russia captured the plant in March 2022.
0:00 0:00
  • A Usina Nuclear de Zaporizhzhia, ocupada pela Rússia desde março de 2022, foi reconectada à rede elétrica externa da Ucrânia em 7 de outubro, encerrando um mês de operação apenas com geradores de reserva.
  • A reconexão ocorreu após acordo de cessar-fogo local mediado pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA).
  • A usina estava em desligamento frio e dependia de diesel para manter o resfriamento, com risco de superaquecimento se a falta de energia persistisse.
  • Ataques de guerrilheiros ucranianos danificaram uma nova conexão de alta tensão que ligava a usina a Mariupol e à rede russa, levando a Rússia a restaurar uma linha de 750 quilovolts que atravessa o rio Dnipro para restabelecer o fornecimento.
  • A IAEA informou que a energia foi restaurada; o diretor-geral Rafael Grossi destacou que foi um bom dia para a segurança nuclear, mas a situação continua precária e há alegações de danos intencionais à linha por parte da Rússia.

A Usina Nuclear de Zaporizhzhia, ocupada pela Rússia desde março de 2022, foi reconectada à rede elétrica externa da Ucrânia em 7 de outubro, após um mês de operação apenas com geradores de reserva. A reconexão ocorreu após um acordo de cessar-fogo local mediado pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA).

A usina, que estava em desligamento frio, enfrentava riscos de superaquecimento devido à falta de resfriamento. A linha de transmissão anterior foi cortada em setembro, levando a um estado de emergência na instalação, que é a maior da Europa. Segundo fontes ucranianas, os técnicos russos planejavam reconectar a usina à rede elétrica russa como um “presente de aniversário” para o presidente Vladimir Putin, mas ataques de guerrilheiros ucranianos impediram essa ação.

Os ataques danificaram uma nova conexão de alta tensão que ligava a usina a Mariupol e à rede russa, forçando a Rússia a restaurar uma linha de 750 quilovolts que atravessa o rio Dnipro e as linhas de frente para reestabelecer o fornecimento de eletricidade. O governador da região ocupada, Yevgeny Balitsky, relatou cortes de energia em várias localidades após um ataque de drones.

Situação Crítica

Antes da reconexão, a usina dependia de geradores a diesel para manter a eletricidade necessária para o resfriamento, superando o limite de segurança de três dias. A falta de resfriamento poderia levar a uma crise nuclear semelhante ao desastre de Fukushima. A IAEA confirmou que a energia foi restaurada, com o diretor geral, Rafael Grossi, destacando que foi um “bom dia para a segurança nuclear na Ucrânia e além”, embora a situação continue precária.

Ucranianos e especialistas independentes acusam a Rússia de ter danificado intencionalmente a linha de alta tensão para provocar a crise e justificar a reconexão à rede russa. A usina permanece em uma posição delicada no contexto do conflito, sendo objeto de discussões em negociações de paz, e a Rússia expressou interesse em reiniciar alguns reatores, caso as condições permitam.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais