- O Mali enfrenta pressão de jihadistas do Jama’at Nasrat al Islam wal Muslimeen (JNIM) para desestabilizar o governo e impor normas religiosas rigorosas.
- O grupo proibiu a importação de combustíveis e impôs restrições severas ao transporte, afetando a economia local e a vida cotidiana, especialmente de comunidades cristãs.
- A partir de 17 de outubro, um vídeo do porta-voz do JNIM anunciou que a Diarra Transport pode operar sob três condições, incluindo a obrigatoriedade de que todas as mulheres viajem cobertas pelo hijab.
- As medidas elevam a vulnerabilidade das mulheres cristãs; a escassez de combustíveis e a deterioração de veículos tornaram o transporte público escasso e caro, dificultando a mobilidade da população, conforme relatos de Bamako.
- Além disso, o grupo impôs taxas, proibiu música secular e consumo de álcool, seguindo a sharia, o que cria clima de medo e pressão para conformidade; o exército tem tentado conter a ameaça, mas a situação permanece crítica.
O Mali enfrenta uma crescente pressão de grupos jihadistas, como o Jama’at Nasrat al Islam wal Muslimeen (JNIM), que buscam desestabilizar o governo e impor normas religiosas rigorosas. Recentemente, o JNIM proibiu a importação de combustíveis e impôs restrições severas ao transporte, afetando diretamente a economia local e a vida cotidiana da população, especialmente das comunidades cristãs.
A partir de 17 de outubro, um vídeo divulgado pelo porta-voz do JNIM anunciou que a empresa Diarra Transport poderia operar sob três condições específicas. Essas condições incluem a obrigatoriedade de que todas as mulheres viajem cobertas com o hijab, aumentando a vulnerabilidade das mulheres cristãs na região. A escassez de combustíveis e a deterioração dos veículos tornaram o transporte público escasso e caro, complicando ainda mais a mobilidade dos cidadãos. Um residente de Bamako destacou que “viajar no Mali se tornou muito difícil”.
Impacto na Economia e na Comunidade Cristã
O JNIM tem como estratégia paralisar o comércio e as atividades econômicas do Mali, o que afeta diretamente a legitimidade do governo. Segundo o Africa Center for Strategic Studies, essa abordagem visa enfraquecer a autoridade estatal e aumentar a influência dos extremistas. O exército do Mali tem tentado conter essa ameaça, mas a situação permanece crítica.
Além das restrições ao transporte, o grupo também impôs taxas a cidadãos e proibiu a música secular e o consumo de álcool, seguindo a sharia. Essas imposições têm gerado um clima de medo e insegurança, especialmente para as comunidades cristãs, que enfrentam uma pressão crescente para se conformar às normas islâmicas. A vida cotidiana no Mali se transforma em um desafio constante para aqueles que não seguem essas diretrizes.