- Lula, durante visita à Indonésia, reafirmou a oposição brasileira às tarifas impostas pelos Estados Unidos e sugeriu o uso de moedas locais no comércio entre Brasil e Indonésia para reduzir a dependência do dólar.
- Em discurso ao lado do presidente indonésio Prabowo Subianto, o presidente destacou a importância do comércio livre e citou a possibilidade de transações com moedas próprias, reconhecendo os desafios e pedindo coragem para mudar.
- O tema ocorre em meio à especulação sobre um possível encontro com o ex-presidente Donald Trump na Malásia, durante a cúpula da ASEAN, no dia vinte e sete de outubro; o Itamaraty ainda não confirmou.
- Lula criticou a política comercial dos EUA, defendendo multilateralismo e um modelo que seja justo para ambas as partes; tarifas de até cinquenta por cento, defendidas por Trump, foram citadas como tentativa de corrigir desequilíbrios.
- O Brasil já vinha buscando reabrir o diálogo com os EUA, com negociações iniciadas após um encontro informal entre Lula e Trump, que teria mostrado “ótima química”; o possível encontro na Malásia pode abrir novas oportunidades comerciais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou, durante sua visita à Indonésia, a oposição brasileira às tarifas impostas pelos Estados Unidos. Em discurso ao lado do presidente indonésio Prabowo Subianto, Lula destacou a importância do comércio livre e sugeriu a utilização de moedas locais nas transações entre os países. Essa proposta visa reduzir a dependência do dólar nas relações comerciais, uma bandeira defendida por Lula no âmbito do BRICS.
Lula enfatizou que tanto Brasil quanto Indonésia têm interesse em discutir a possibilidade de realizar comércio utilizando suas próprias moedas. “Nós queremos comércio livre”, afirmou, ressaltando a necessidade de um novo modelo comercial que não dependa das imposições dos EUA. O presidente também reconheceu os desafios de implementar essa mudança, pedindo coragem para agir de forma diferente em relação ao passado.
Encontro com Trump
A declaração de Lula surge em um momento em que se especula sobre um possível encontro com o ex-presidente Donald Trump, previsto para ocorrer na Malásia durante a cúpula da ASEAN, no dia 27 de outubro. Embora o Itamaraty ainda não tenha confirmado a reunião, a expectativa é alta, especialmente após um breve contato entre os dois líderes na Assembleia Geral da ONU.
Em suas falas, Lula criticou a política comercial dos EUA, defendendo um modelo de multilateralismo em vez de unilateralismo. Ele mencionou que uma relação comercial justa deve beneficiar ambos os lados, evitando desequilíbrios. As tarifas impostas por Trump, que alcançam até 50% para produtos brasileiros, foram justificadas pelo ex-presidente como uma forma de corrigir supostos desequilíbrios na balança comercial.
O presidente brasileiro já havia se posicionado contra essas tarifas anteriormente, buscando uma reabertura do diálogo comercial com os EUA. As negociações começaram após um encontro informal entre Lula e Trump, onde ambos relataram ter tido uma “ótima química”. A expectativa é que o possível encontro na Malásia abra novas oportunidades para o Brasil nas relações comerciais internacionais.