- Lula confirmou reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para este domingo, 26 de outubro, na Malásia; encontro ainda não foi confirmado pelos governos e visa discutir questões econômicas e diplomáticas, especialmente a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
- Lula está na Indonésia para a cúpula da ASEAN e disse que não há assunto proibido entre os dois líderes, buscando esclarecer as tarifas e demonstrar que houve equívoco nas taxações.
- Entre os temas da reunião está a atuação militar dos EUA na costa da Venezuela; Lula criticou as operações justificadas como combate ao narcotráfico e afirmou que, se o mundo virar terra sem lei, será mais difícil.
- O Brasil defende a desdolarização das transações comerciais e o uso de moedas próprias, posição que encontra resistência de Trump, que teme tarifas para países que adotem a prática.
- A expectativa é de abrir caminho para a normalização das relações entre Brasil e Estados Unidos, que se deterioraram desde as tarifas impostas e a instabilidade política interna no Brasil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para este domingo, 26 de outubro, na Malásia. O encontro, que ainda não foi oficialmente confirmado pelos governos, visa discutir questões econômicas e diplomáticas, especialmente em meio às tensões causadas pela tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros.
Lula, que se encontra na Indonésia para a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), afirmou que não há “assunto proibido” entre os dois líderes. Ele expressou interesse em esclarecer as questões relacionadas às tarifas e demonstrar que houve equívoco nas taxações. “Estou convencido de que vai ser bom para o Brasil e para os Estados Unidos”, declarou.
Temas da Reunião
Além das tarifas, a pauta do encontro inclui a atuação militar dos EUA na costa da Venezuela. Lula criticou as operações militares justificadas como combate ao narcotráfico, alertando que “se o mundo virar uma terra sem lei, vai ficar muito difícil”. Ele também defendeu a desdolarização das transações comerciais, enfatizando a importância do multilateralismo em contrapartida ao unilateralismo.
O presidente brasileiro ressaltou que tanto Brasil quanto Indonésia têm interesse em realizar transações comerciais utilizando suas próprias moedas. Essa proposta é vista com desconfiança por Trump, que já ameaçou aumentar as tarifas sobre países que adotarem essa prática. Lula pediu coragem para que os países não fiquem dependentes de economias maiores.
A expectativa é que a reunião possa abrir caminhos para a normalização das relações entre Brasil e EUA, que se deterioraram desde a implementação das tarifas e a situação política interna no Brasil.