- Trump sinalizou possível redução das tarifas comerciais ao Brasil e abriu canal de diálogo com Lula, durante discurso na cúpula da ASEAN na Malásia, em 24 de outubro.
- As tarifas brasileiras de importação permanecem em cinquenta por cento desde agosto; queda nas exportações brasileiras, de dezoito vírgula cinco por cento, no primeiro mês após a implementação.
- Lula, também na Malásia, afirmou estar aberto a encontro bilateral e a discutir tarifas e tensões entre Estados Unidos e Venezuela.
- A probabilidade de encontro entre os dois líderes no domingo, 26 de outubro, é considerada alta; já houve reunião breve na ONU e boa química entre eles.
- Reuniões entre auxiliares dos dois países, na última semana, foram descritas como ótimas e produtivas, em meio a tensões globais e a possibilidade de revisões comerciais.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou uma possível redução das tarifas comerciais impostas ao Brasil, abrindo um canal de diálogo com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração ocorreu na sexta-feira, 24 de outubro, enquanto Trump se dirigia à Malásia para a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Este movimento representa uma mudança significativa em relação à postura rígida dos EUA, que desde agosto impuseram tarifas de importação de 50% sobre produtos brasileiros.
Lula, que também se encontra na Malásia, expressou sua disposição para um encontro bilateral com Trump. Em coletiva de imprensa, o presidente brasileiro afirmou que está aberto a discutir diversos temas, incluindo as tarifas e as tensões entre os EUA e a Venezuela. “Espero que role. Eu vim aqui e estou à disposição para que a gente possa encontrar uma solução”, declarou.
Expectativas de Reaproximação
Trump mencionou que a probabilidade de um encontro entre os dois líderes no domingo, 26 de outubro, é alta. Caso se concretize, será a primeira reunião direta entre eles desde o início do segundo mandato de Trump. Até agora, os dois se encontraram brevemente em Nova York durante a Assembleia Geral da ONU, onde o presidente americano comentou sobre a “boa química” entre eles.
Na última semana, houve uma reunião entre os auxiliares dos dois países, que resultou em um diálogo considerado “ótimo e produtivo”. O impacto de uma eventual revisão nas tarifas poderia ser significativo, especialmente para as exportações brasileiras, que caíram 18,5% no primeiro mês após a implementação das tarifas.
Cenário Global e Oportunidades
A reabertura do diálogo entre Brasil e EUA ocorre em um momento de tensões comerciais globais e rearranjos geopolíticos. Observadores internacionais veem essa aproximação como uma oportunidade para ambos os países reposicionarem suas economias. A cúpula da Asean, embora improvável, pode ser o ponto de partida para um novo entendimento comercial entre Washington e Brasília.